Polícia da Espanha prende quatro pessoas acusadas roubar 380 bitcoins com pirâmide

Valor do golpe foi de cerca de US$ 13 milhões
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Agentes da Polícia Nacional (Cuerpo Nacional de Policía - CNP) em um dos locais investigados. Imagem: Reprodução

A Polícia Nacional da Espanha prendeu quatro pessoas suspeitas de aplicarem um golpe de pirâmide com bitcoin que lesou vários investidores. De acordo com a nota do órgão na semana passada, o esquema teria arrecadado 380 bitcoins (cerca de US$ 13 milhões na cotação atual) com promessas de altos rendimentos.

Após várias denúncias, os agentes do departamento de repressão a crimes financeiros iniciaram uma investigação para descobrir quem estava por trás do golpe até chegar aos suspeitos nas cidades de Alicante e Cuenca. Segundo a nota, os presos são dois homens e duas mulheres com idades entre 23 e 36 anos e de nacionalidades espanhola, italiana e argentina. 

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Dos detidos, foram apreendidos “uma infinidade de material de informática, como computadores, tablets e telefones”, informou a polícia, e depois levados para prestarem depoimentos.

Contudo, apenas uma pessoa permaneceu presa. Segundo a nota, o suspeito sob custódia disse que estava em Cuenca para se distanciar das pressões que vinha sofrendo dos clientes. Agora ele aguarda uma decisão da Justiça da Espanha.

Altos rendimentos em bitcoin

“Uma vez investidas, não foram reembolsadas aos seus legítimos titulares”, disse a Polícia Nacional no comunicado. De acordo com a polícia, os investimentos em bitcoin eram oferecidos por uma “sociedade inexistente”. Nenhum nome foi revelado.

No entanto, conforme a descrição do esquema, há a possibilidade de o golpe ter sido aplicado na modalidade de arbitragem com criptomoedas, onde os golpistas alegam existir um bot (robô) que faz todo o trabalho de trading.

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E foi na Espanha que em setembro do ano passado uma empresa chamada Arbstar Club encerrou seu robô ‘Community Bot’ e deixou 120 mil pessoas na mão

Santi Fuentes, suposto líder do esquema, já havia participado de alguns negócios que foram considerados golpes no passado, como esquemas ponzi no passado.

Há cerca de seis anos, o site Behind MLM, especializado em identificar e denunciar golpes, evidenciava que Fuentes era um dos líderes da ‘Global Unity’, golpe vinculado ao esquema Ponzi ‘WCM777’.

Este, aliás, foi uma das primeiras pirâmides financeiras abraçadas pelo brasileiro Gutemberg dos Santos, que está preso nos EUA sob acusação de golpe com a Airbit Club, que também explorava o nome do bitcoin para enganar os investidores.