uma pessoa apoia uma moeda de bitcoin no topo de uma maquete de pirâmide dourada
Foto: Shutterstock

Mais um esquema acusado de ser uma pirâmide financeira que usa criptomoedascomo isca foi desmontado pelas autoridades brasileiras. Desta vez o caso é em Florianópolis e envolve a empresa RZ Consultoria e seu dono, Raine Miranda Gomes Zanotto.

A Polícia Civil batizou o caso de “Operação Faraó”, fazendo ecos do caso da GAS Consultoria, a pirâmide de Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó do Bitcoin.

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Além dos nomes, existiam outras similaridades entre os esquemas. Conforme reportagem do portal G1, a RZ prometia ganhos de 10% ao mês que viriam por meio de aplicações com criptomoedas – um modelo que já está até clássico no Brasil, seguido pela própria GAS por exemplo, além de outras pirâmides como Bitcoin Banco, Rental Coins e Braiscompany.

Nos últimos meses, os pagamentos pararam e os clientes começaram a fazer boletins de ocorrência contra Zanotto, o que deu início às investigações da Polícia Civil.

O dono da companhia foi preso preventivamente no dia 15 de março e no final da semana passada o Ministério Público local (MP-SC) divulgou as acusações penais contra ele: seis crimes de estelionato e um de lavagem de dinheiro. 

Um advogado que representa cerca de 50 vítimas disse em entrevista à afiliada local da TV Globo que somente entre seus clientes o prejuízo é de R$ 8 milhões. Além disso, informa que existem pessoas lesadas em mais três estados e até fora do Brasil. 

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No caso da RZ Consultoria, a vítima poderia repassar o dinheiro via transferência bancária ou comprar criptomoedas em uma corretora e enviar os tokens para as wallets dos acusados de crime. 

O Ministério Público fala que Zanotto usava parte do dinheiro para pagar clientes antigos e outra parte era destinava à sua próprias contas, caracterizando a pirâmide financeira, que é um estelionato e está no rol dos crimes contra a economia popular. 

Outro lado

Em entrevista à TV Globo, o advogado Fabiano Zoldan, responsável pela defesa de Zanotto, diz que existem questões processuais que impediriam a culpa de seu cliente. 

“A defesa teve acesso aos autos, está fazendo um estudo aprofundado das acusações e de antemão pode afirmar que não se pode responsabilizar a empresa RZ como autora destes delitos, uma vez que empresa era uma simples representante comercial e ela não operava esses valores. Embora haja materialidade, houve pessoas que investiram valores, nós não podemos atribuir autoria à empresa RZ”, declarou.

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