PF faz operação contra pirâmide financeira que gerou prejuízo de R$ 38 milhões em Cascavel

Pirâmide Financeira captava recursos para investir no mercado financeiro e chegou a emitir documentos falsos como notas de corretagem e declaração de rendimentos
Viatura da Polícia Federal do Brasil - foto divulgação PF

Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou na terça-feira (28) a Operação Engodo contra suspeitos de operarem esquema ilegal de pirâmide financeira. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Cascavel (PR).

Além disso, foram realizados os bloqueios de três imóveis pertencentes aos investigados, além de veículos, contas bancárias e ativos financeiros.

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Segundo informações da PF, as investigações, iniciadas em novembro de 2022, revelaram que, primeiramente, os investigados emitiram e ofereceram ao público valores mobiliários consistentes em contratos de investimento coletivo.

“Referido clube foi criado e usado para captar economias de investidores e, supostamente, operar na bolsa de valores com a promessa de retorno financeiro bem acima da média de mercado”, diz a nota da polícia.

De acordo com as investigações, o grupo investiu apenas parte do dinheiro no mercado e em aplicações que normalmente geravam prejuízos. Uma das investigadas chegava a emitir para as vítimas documentos falsos como termos de adesão, notas de corretagens, demonstrativos de patrimônio do clube e declarações de rendimentos, segundo a PF.

O grupo operou entre 2018 e 2022 e quase 100 vítimas prestaram queixa, com um prejuízo que chega a R$ 15 milhões. Apesar disso, a PF acredita que a captação de recursos do grupo criminoso tenha superado R$ 38 milhões.

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Os envolvidos responderão por diversos crimes, dentre os quais operar instituição financeira sem autorização, induzir e manter investidor em erro, fraudar o investidor e apropriação e desvio.