PF caça hackers que invadiram sistemas da Anvisa para minerar criptomoedas

A agência detectou que os hackers exploraram uma vulnerabilidade nos sistemas para extrair arquivos
Agentes da PF vasculham residência

(Divulgaço/PF)

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (23) a Operação Criptojacking, que visa investigar os responsáveis por um ataque cibernético contra os sistemas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para mineração de criptomoedas.

As investigações foram conduzidas pela Superintendência Regional do Distrito Federal, que identificou os autores do ataque. Como parte das ações, foi cumprido um mandado de busca e apreensão na cidade de Porto Velho, Rondônia, disse a PF em comunicado.

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Conforme descreve o órgão, o ataque foi realizado por um grupo hacker que explorou uma vulnerabilidade nos sistemas da Anvisa para extrair arquivos. Apesar do incidente, ressalta a nota, a Anvisa detectou a invasão rapidamente e restaurou seus sistemas, não havendo indícios de vazamento de dados sensíveis.

“Os investigados poderão responder pelos crimes de invasão de dispositivo eletrônico e de interrupção de serviço telemática de interesse público”, concluiu.

O nome da operação da PF se refere ao termo em inglês ‘Cryptojacking’. Trata-se de exploração de servidores e dispositivos pertencentes a outras pessoas para minerar criptomoedas, com a Monero sendo a mais popular.

As pessoas afetadas podem nem perceber que são vítimas; podem apenas notar que as suas máquinas estão funcionando mais lentamente do que o habitual.

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Operação da PF em curso

De acordo com uma publicação da Folha sobre o assunto, também está em andamento mais uma fase da operação Data Breach, deflagrada na semana passada, que visa identificar os invasores do sistema da PF e instituições internacionais. 

Na ocasião, foram cumpridos um mandado de busca e apreensão e um de prisão preventiva na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, em desfavor de um investigado suspeito de ser responsável por publicações de venda de dados do órgão de segurança.

“O preso se vangloriava de ser o responsável por diversas invasões cibernéticas realizadas em alguns países, afirmando, em sites na internet, ter divulgado dados sensíveis de 80.000 membros da InfraGard, uma parceria entre o Federal Bureau Investigation – FBI e entidades privadas de infraestrutura crítica dos Estados Unidos da América”, explicou a PF.

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