Pai e filho são condenados por usar bitcoin para lavar dinheiro de esquema de venda de maconha

Dupla chegava a oferecer consultoria sobre lavagem de dinheiro através de criptomoedas; operação criminosa teria movimentado US$ 13 milhões
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(Foto: Shutterstock)

Na terça-feira (31), o Departamento de Justiça dos EUA (ou DOJ, na sigla em inglês) anunciou a sentença de um pai e um filho — residentes da cidade de Monroe, na capital de Washington — a cinco anos de prisão após serem condenados por operar um negócio ilegal de maconha e usar bitcoin (BTC) para lavar dinheiro.

O DOJ acusou a dupla após uma investigação feita pelo Departamento de Segurança Nacional (ou DHS) e a Administração de Fiscalização de Drogas (ou DEA) em 2020.

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Kenneth Warren Rhule, 28, foi sentenciado a cinco anos por supostamente lavar dinheiro e conspirar para cultivar e distribuir maconha. Seu pai, Kenneth John Rule, 47, foi sentenciado a cinco anos de prisão por conspiração para cultivar e distribuir maconha.

Father and son sentenced to prison for money laundering and illegal marijuana business -Pair chose to defy state marijuana licensing scheme and laundered over one hundred thousand dollars from sales using bitcoin and dark web https://t.co/oWr4GmP2wp pic.twitter.com/A5lHsvyk26

— WDWAnews (@WDWAnews) May 31, 2022

Segundo o DOJ, Kenneth Warren Rhule concordou em converter bitcoin em dinheiro em espécie, chegando a oferecer consultoria sobre o uso da moeda digital para esconder fundos. Rhule converteu US$ 142 mil de bitcoin em dinheiro com agentes que se passavam por traficantes que queriam lavar dinheiro.

No momento de sua prisão, em 11 de março de 2020, o bitcoin estava sendo negociado a US$ 7.950,81, segundo dados do CoinMarketCap.

Ao mesmo tempo, o DOJ alega que a dupla operava uma empresa não licenciada de produtos usando dinheiro em espécie e criptomoedas para realizar vendas para clientes no mundo inteiro. O DOJ afirma que a operação gerou mais de US$ 13 milhões, com um lucro líquido de US$ 2,5 milhões.

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“A dupla não apenas cultivava e distribuía produtos de cannabis na dark web, violando o esquema regulatório do estado, como também ilegalmente lavavam enormes quantias de bitcoin que sua empresa ganhava”, afirmou o promotor americano Nick Brown.

“Quando as autoridades invadiram [o local], havia mais de uma dúzia de armas de fogo — algumas estavam carregadas e prontas para serem usadas na proteção de seu comércio de drogas.”

O uso do bitcoin no crime continua sendo um argumento que reguladores usam para regular a ampla adesão das criptomoedas.

Em maio, Jeremy Spence, 25, residente de Rhode Island e trader de criptomoedas conhecido como “Coin Signals” nas redes sociais, foi sentenciado a 42 meses — pouco menos de quatro anos — de prisão por operar o que o DOJ chamou de esquema de investimento cripto “do tipo Ponzi”.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.