A Europa tem se destacado como um centro global de sucesso para criptomoedas, de acordo com um relatório publicado nesta semana pela startup Coincub, que analisou as leis fiscais sobre os ativos digitais em todo o mundo.
A pesquisa gerou uma lista de 20 países considerados como mais atrativos, tendo em vista não só as o peso das taxas mas regras fiscais e regulatórias consistentes.
De acordo com o CEO da Coincub, Sergiu Hamza, a empresa utiliza uma variedade de dados de fontes, como Glassnode, PwC Consulting e Tax Foundation para suas pesquisas. O relatório oferece informações detalhadas sobre o regime tributário de cada país na questão dos ativos digitais, classificando nações e regiões, além de identificar tendências.
“As principais linhas que identificamos repetidamente são que a Europa é um centro enorme para criptomoedas devido à sua abordagem rigorosa em relação à regulamentação, o que fez a indústria florescer”, diz Hamza. Ele observou que 11 dos 20 países com melhor classificação são europeus. Confira a lista:
1. Emirados Árabes Unidos; 2. Bahamas; 3. Bermudas; 4. Ilhas Cayman;5. Seychelles; 6. Mônaco; 7. Panamá; 8. El Salvador; 9. Indonésia; 10. Malta; 11. Gibraltar; 12. Liechtenstein; 13. Alemanha; 14. Singapura; 15. Suiça; 16. Portugal; 17. Romênia; 18. Bulgária; 19. Hungria; 20. Grécia.
Hamz afirmou que, apesar da ampla cobertura midiática que incide sobre as taxas zero nos Emirados Árabes Unidos e no Caribe, a Europa é a região que provavelmente mais está se beneficiando das recorrentes repressões contra as criptomoedas lideradas pelos Estados Unidos atualmente, devido à nova legislação que entrou em vigor no continente europeu.
“Certamente há uma abordagem competitiva entre os países para atrair talentos”, disse ele, destacando sua surpresa com o que Alemanha, Romênia e Bulgária estão fazendo pela indústria, apesar de sua falta de exposição midiática.
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Ele ressaltou que “o Caribe está avançando”, o que “é esperado de certa forma devido à sua experiência financeira histórica” relacionada aos paraísos fiscais. Hamz também ficou surpreso ao descobrir que países como Polônia e Espanha são pilares fortes da Web3.
O relatório da Coincub possui uma seção substancial dedicada aos Estados Unidos, com uma análise detalhada dos impostos estaduais e das alíquotas aplicadas pelo regime federal.
Marcos regulatórios favorecem setor criptomoedas
De acordo com o relatório, as nações do mundo estão divididas não apenas pelas alíquotas de impostos, mas também pelos marcos regulatórios que são favoráveis ou prejudiciais aos ativos digitais.
O documento cita países como El Salvador ou Bahamas como altamente positivos para criptomoedas, com alíquotas de impostos zero; Bulgária e Hong Kong estão no grupo de “perspectiva positiva para cripto” com baixa tributação (19% ou menos), se contrapondo a outros como o próprio Brasil ou a Estônia, que tem legislações favoráveis mas com taxas elevadas, que ficam na faixa de 20% a 29%.
Mais adiante na lista, há nações com altas alíquotas de impostos, como Suíça ou Canadá, mas que são “defensoras de criptomoedas”, finalizando o relatório com os países que possuem regimes incertos ou posturas diretamente proibitivas em relação às criptomoedas, como a China.
*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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