Operação no RS investiga trader e policial por sequestro de sócio de pirâmide financeira

Criminosos exigiram da família do homem uma soma de 50 bitcoins
Imagem da matéria: Operação no RS investiga trader e policial por sequestro de sócio de pirâmide financeira

Operação policial contra sequestro no RS (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul cumpriu nesta quarta-feira (18) mandados de busca e apreensão de uma investigação que envolveu o sequestro de um homem ligado a uma pirâmide financeira de bitcoin por um policial e um trader.

Conforme um comunicado à imprensa, o sequestro ocorreu em Novo Hamburgo, no dia 29 de abril deste ano. A vítima, cujo nome não foi revelado, foi um dos criadores de uma empresa alvo de uma operação da Polícia Federal chamada Egypto. No caso, trate-se da Indeal, esquema no qual o FBI ajudou o governo brasileiro a congelar R$ 130 milhões em criptomoedas no início do mês.

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Após o sequestro, segundo a polícia, os criminosos exigiram da família do homem uma soma de 50 bitcoins, o que valia na época R$ 2,8 milhões. O resgate, porém, não teria sido pago.

Trader e policial

A ação transcorreu entre 8h30 e 17h do mesmo dia em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. A polícia diz que 5 pessoas teriam participado da ação. Destes, foi possível obter provas suficientes da participação de três — um policial, um trader do mercado de investimentos e um terceiro que seria o pai de um dos dois homens citados.

As investigações também apontam que a motivação para o sequestro foi porque os autores do crime de extorsão foram vítimas da empresa investigada por ser uma pirâmide financeira.

Os mandados foram cumpridos nas cidades de Canoas, Sapucaia do Sul, Porto Alegre e Campo Bom. A Polícia Civil informa que as investigações prosseguem com a finalidade de se identificar os demais autores do fato.

A ação foi realizada por agentes da 1ª Delegacia de Roubos do DEIC.

A Indeal foi um esquema que lesou milhares de pessoas por todo Brasil. A empresa prometia retornos fixos de 15% ao mês que seriam aplicados em um suposto fundo de bitcoin.

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Em meados de 2019, a Operação Egypto foi deflagrada e os membros da empresa chegaram ficar alguns meses na prisão. Atualmente, todos respondem em liberdade.