Operação contra maior milícia do RJ revela que suspeitos compravam Bitcoin para lavar dinheiro

Fonte do dinheiro movimentado pelos suspeitos seria oriundo de grilagem de terras, extorsão contra comerciantes e exploração do transporte
moeda e notas pendurada em um varal

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) cumpriu na quarta-feira (12) vários mandados de busca e apreensão contra 23 suspeitos de participarem de um esquema de lavagem de dinheiro da casa de R$ 30 milhões, incluindo compras de Bitcoin. Os principais alvos são integrantes da milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, segundo informações do G1.

Entre os alvos da Operação Magnum — mobilizada com agentes da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) no Rio, São Paulo, Mato Grosso, Espírito Santo e Minas Gerais, estão Marcelo Morais dos Santos, o “Grande”, e Marcus Vinicius Vitoriano Profeta, o “Profeta”.

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A fonte do dinheiro movimentado pelos suspeitos seria grilagem de terras, extorsão contra comerciantes e moradores, e exploração do transporte de vans, como por exemplo, através de uma empresa do ramo com sede no município de Seropédica, Baixada Fluminense.

Milícia comprava Bitcoin

“Eles utilizam essa empresas para receberem os valores — essas empresas mais tradicionais, vamos dizer assim, e dessas empresas são deslocados valores para empresas de criptomoedas, acreditando que seja um ativo mais fácil de ser ocultado”, comentou um policial civil em uma reportagem publicada pelo canal TV Band Rio no YouTube.

Operação mira grupo que movimentou R$ 30 milhões em 3 anos

Segundo a publicação do G1, Grande, que é dono de uma empresa de transporte que teria movimentado no esquema R$ 1,3 milhão, era da quadrilha de Danilo Dias Lima, o “Tandera”, e se mudou para o grupo de Zinho em 2022. 

Zinho está preso desde o fim do ano passado, quando se entregou à Polícia Federal; desde então, sua milícia sofreu rachas e disputas pelo poder. Rui Paulo Gonçalves Estevão, o “Pipito”, que havia reivindicado a chefia do grupo, foi morto na última sexta-feira (7) em uma operação, diz a reportagem.

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Agentes da DCOC-LD, com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra), apreenderam R$ 230 mil em dinheiro, carros adulterados e documentos.

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