Imagem da matéria: O trader de opões binárias que foi preso nos EUA por fraude e conspiração
Austin Smith, “especialista” em recuperar dinheiro perdido em opções binárias em vídeo promocional no Facebook. Imagem/Reprodução

O americano-israelense Austin Smith cumpre pena nos EUA desde janeiro deste ano. Em novembro de 2019, ele foi julgado e condenado por conspiração e fraude eletrônica no mercado de opções binárias.

Conforme a Justiça americana, Smith criou uma empresa de recuperação financeira justamente para ludibriar de novo os mesmos investidores que levaram prejuízos em duas plataformas israelenses de opções binárias.

Publicidade

Réu confesso, suas habilidades eram captar clientes, roubar dados e ludibriar pessoas vulneráveis no mercado financeiro. Posteriormente, ele criou o ‘serviço de recuperação financeira’. Grosso modo, roubar o mesmo cliente duas vezes.

Sua última tacada foi por meio de uma empresa com nome bastante sugestivo para traders desesperados, a ‘Wealth Recovery International’. Traduzido para o português, uma empresa de recuperação de fundos.

Smith, que ocupava o cargo de presidente-executivo, conforme é mostrado em sua página no Linkedin. Ele prometia a recuperação do dinheiro perdido nas plataformas BinaryBook e a BigOption, bem parecidas com a corretora IQ Option.

Até hoje, um texto oferecendo o serviço de recuperação de dinheiro e um vídeo promocional da ‘Wealth Recovery’ constam como publicação fixada em sua página ainda ativa no Facebook.

Publicidade

Especialista em opções binárias

Durante o julgamento, que ocorreu em março do ano passado, o ‘especialista em recuperação’ também confirmou ter atuado como operador de retenção de clientes numa empresa chamada ‘Numaris Communication’.

Essa empresa, que operava a partir de Tel Aviv, Israel, deu um prejuízo aos clientes na casa dos US$ 140 milhões entre 2015 e 2016, segundo as investigações. Foi dela que Smith, ao sair, roubou a lista de clientes que mais tarde usada na Wealth Recovery.

No auge, sua empresa tinha milhares de clientes de todo o mundo cuja esperança era obter o dinheiro de volta perdidos em sites de opções binárias e falsas empresas de câmbio de criptomoedas.

Segundo o jornal The Times of Israel, clientes e ex-funcionários da Wealth Recovery disseram a maioria daqueles que acreditaram no negócio de Smith recebeu de volta uma pequena quantia em dinheiro.

Publicidade

No entanto, naquela altura, eles já haviam pago uma taxa de serviços que variava de centenas a milhares de dólares por cliente.

Pelo menos em um dos casos, Smith recebeu uma comissão pesada de um cliente que havia anteriormente participado de fraude.

Em nota ao jornal, o advogado de Smith, Daniel Suleiman, disse que a empresa recuperou aproximadamente US$ 8,5 milhões. A Wealth Recovery foi extinta pela Justiça de Israel ainda naquele ano.

Prisão nos EUA

Depois de várias sessões de julgamento, Austin Smith foi condenado em novembro de 2019 a 12 meses e um dia na prisão federal dos EUA. Ele começou a cumpri-la em janeiro deste ano.

A pena deveria ser maior mas foi diminuída porque ele fez uma delação premiada em uma vertente do caso julgada à parte. A ação abrandou então os estimados cinco anos de detenção para o tipo de crime.

Publicidade

Ele também foi condenado a devolver US$ 486.199 em restituição às vítimas de opções binárias mais uma multa mensal de US$ 500.

VOCÊ PODE GOSTAR
mark cuban

Mark Cuban ama Dogecoin, mas diz que qualquer outra memecoin é “rug pull”

Estrela do Shark Tank admite estar tentado a entrar no jogo das memecoins, mesmo reconhecendo que pode ser apenas uma “dança das cadeiras”
Deputado republicano Rich McCormick posa para foto

Deputado culpa apatia dos EUA com cripto pela lenta reação à prisão de executivo da Binance

Rich McCormick afirma que o tratamento dado ao caso de Tigran Gambaryan, detido na Nigéria, é marcado por hipocrisia em comparação a outros casos de destaque
Chefe de compliance da Binance, Tigran Gambaryan é fotografado na Nigéria

Congresso dos EUA avalia pedir libertação imediata de diretor da Binance preso na Nigéria

Tigran Gambaryan está sob custódia da Nigéria desde fevereiro, mas agora uma resolução pedindo sua libertação está progredindo entre os parlamentares