Em artigo publicado no domingo (01), uma das maiores fintechs do Brasil, o Nubank, questionou o porquê de os brasileiros preferirem investir suas economias na caderneta de poupança. O investimento é considerado de baixo risco e preferido pela maioria dos poupadores — oito em cada dez.
O intuito da fintech, no entanto, não foi de afronta à queridinha dos poupadores, mas sim para ilustrar que existem outras modalidades de investimento que oferecem a mesma facilidade das cadernetas.
Ademais, o artigo fez uma comparação entre a modalidade poupança com a da aplicação da própria instituição, que é a função ‘guardar dinheiro’; elas rendem 70% da Selic (juros básicos da economia) e 100% do CDI, respectivamente.
Existem também outras opções de investimentos que, segundo a empresa, são seguros como a poupança e rendem mais — os CDBs e os títulos do Tesouro Direto.
Nubank questiona poupança
No artigo, a fintech cita uma pesquisa do SPC (Serviço de proteção ao crédito) para tornar mais claro o tema em questão.
O estudo apontou que os poupadores têm medo de perder dinheiro e veem segurança na poupança.
Isso porque nem todos sabem que estão seguros pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) — se o banco quebrar, o fundo garante até R$ 250 mil por CPF.
Mas não é só por isso que eles não optam por outros investimentos. Não ter dinheiro o suficiente para aplicar em outros investimentos também foi levado em conta.
“O fato de não sobrar dinheiro no final do mês para buscar outros investimentos” foi citado em 28% das respostas do consumidor em uma pesquisa feita pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
“Por isso, acabam aplicando valores baixos, aqueles que restam do orçamento mensal, na caderneta”, escreveu o Nubank.
Segundo argumentou, um outro ponto que funciona como uma espécie de obstáculo para o poupador ficar só na poupança é o “costume”, ou seja, a falta de ação torna a aplicação um hábito natural.
“Isso não é, necessariamente, um problema, mas é importante saber que, ao investir mês após mês na poupança, você deixa de ganhar – afinal, existem opções de melhor rentabilidade e a poupança, hoje, oferece um rendimento pouco maior que o da inflação”, argumentou a fintech.
Ponto negativo
Ao final, a apesar de considerar a poupança um investimento seguro, com risco quase zero, o Nubank expôs os pontos negativos da modalidade de investimento.
A fintech disse que “não vale a pena investir na poupança — se você pode aplicar esses valores em outros investimentos, pode ser uma boa medida”.
Citou então o ‘aniversário do depósito’, que é quando o rendimento é creditado, ou seja 30 dias depois do depósito. Caso haja saque antes data, perde-se os rendimentos do período.
Poupança em baixa em 2020
Com os rendimentos comprometidos por causa da queda dos juros, o interesse na caderneta de poupança começou 2020 em baixa.
Em janeiro, os investidores retiraram R$ 12,36 bilhões a mais do que depositaram na aplicação, segundo o Banco Central. Essa foi a maior retirada mensal líquida da história desde o início da série, em 1995.
Isso porque com rendimento de 70% da Taxa Selic, a poupança está atraindo menos recursos porque os juros básicos estão no menor nível da história. Com a Selic em 4,25% ao ano, o investimento está cada vez rendendo menos.
Em 2019, a aplicação rendeu 4,26%, segundo o Banco Central, contra inflação oficial de 4,31% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Para 2020, o Boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, prevê inflação oficial de 3,4% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Com a atual fórmula de rendimento, a poupança renderá 2,975% em 2020, caso a Selic permaneça em 4,25% ao longo de todo este ano.
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