Norton anuncia que novo recurso de seu antivírus permite a mineração de Ethereum

Funcionalidade será liberada para todos os consumidores nas próximas semanas
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A empresa de segurança cibernética NortonLifeLock anunciou na quarta-feira (2) que seu popular antivírus Norton vai permitir a mineração em nuvem de Ethereum (ETH).

Segundo o comunicado, a nova versão do programa, batizado de ‘Norton Crypto’, contém um recurso “projetado para explorar a criptomoeda com segurança e facilidade”.

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“Como a criptoeconomia tem se tornado importante na vida de nossos clientes, queremos capacitá-los para minerar criptomoedas com a Norton, uma marca em que confiam”, disse Vincent Pilette, CEO da companhia.

O novo recurso, segundo a empresa, será testado apenas por consumidores que foram convidados através de um programa focado em solução em nuvem chamado Norton 360.

Em algumas semanas, no entanto, a nova função será liberada para todos.

Integrar um código de mineração a um antivírus resolve um problema comum entre os mineradores de criptomoedas, que geralmente têm que desativar a proteção para poder liberar a mineração, falou Pilette.

Ele ressaltou que da forma convencional o minerador corre o risco de ser atingido por um ransomware e até mesmo de perder sua carteira armazenada em um disco rígido caso ocorra alguma falha técnica do operador.

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O diretor de produtos da NortonLifeLock, Gagan Singh, que é ex-diretor da concorrente Avast, disse que com o novo produto os clientes podem minerar criptomoedas com apenas alguns cliques, “evitando muitas barreiras à entrada no ecossistema de criptomoedas”.

Atualização do Ethereum

O lançamento da Norton bate de frente com a atualização da rede Ethereum, que vai mudar seu algoritmo de consenso de prova de trabalho (PoW) para um algoritmo de prova de participação (PoS).

Na prática, essa mudança tira a figura do minerador e reduz a necessidade de hardware para minerar a criptomoeda. No lugar, surge o validador, que passa a emprestar Ether para gerar novos blocos e confirmar as transações na blockchain.

A primeira etapa do processo —conhecida como Fase 0 — começou em dezembro do ano passado. Desde então, a atualização vem sendo feita em etapas conforme crescem o número de participantes e de ETH travados na rede.