“NFTs são o futuro da indústria dos games”, diz CEO da Eletronic Arts

Criadora da franquia FIFA, EA já promove experiências de itens colecionáveis para os jogadores online
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Foto: Divulgação

Uma das empresas mais tradicionais do setor de games, a Eletronic Arts (EA) ainda precisa entrar para o setor de jogos cripto e de tokens não fungíveis (ou NFTs, na sigla em inglês). Uma de suas grandes adversárias, a Ubisoft já começou a se embrenhar nesse mundo.

O CEO da EA vê potencial no setor, tendo chamado, esta semana, NFTs e modelos “play-to-earn” de “uma importante parte do futuro de nossa indústria”.

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Em uma conferência sobre informações de ganhos trimestrais nesta quarta-feira (4), Andrew Wilson, chefe-executivo da EA, foi perguntado sobre a oportunidade que a empresa (criadora de enormes franquias, como FIFA, The Sims, Battlefield e Madden NFL) vê no setor.

“Acredito que a conversa sobre play-to-earn e NFTs ainda está muito, muito no início e existe muito debate. A certo nível, existe muito hype [sobre NFTs]”, respondeu ele, de acordo com uma transcrição.

“Eu acredito que serão uma parte importante do futuro de nossa indústria. Mas ainda é muito cedo para tentar entender como isso irá funcionar.”

Experiência com colecionáveis

Wilson destacou o sucesso da EA com seus modos Ultimate Team em jogos como Fifa e Madden, onde jogadores coletam cards de negociação digital e internos que podem ser bem valiosos. Com isso em mente, Wilson afirmou que “[se sente] bem sobre nossa posição a respeito disso”.

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No entanto, colecionáveis do Ultimate Team estão bloqueados a cada jogo individual e não podem sair do ecossistema interno do FIFA ou Madden, respectivamente.

Em jogos como Axie Infinity e The Sandbox, itens são representados como colecionáveis NFT que podem ser revendidos ou negociados livremente e, possivelmente, migrados para outros jogos ou espaços como parte do evolutivo e futuro metaverso.

É um grande diferencial e nem todo grande participante do setor tradicional de games parece estar aberto a tal mudança.

Steam, o principal marketplace de jogos digitais para PC, recentemente baniu desenvolvedores de publicarem jogos que utilizam a tecnologia blockchain ou que sejam ligados a NFT ou criptomoedas.

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Defensores de cripto e de direitos digitais estão pressionando contra a decisão e Valve, criadora da Steam, ainda precisa explicar a mudança.

Wilson não aprofundou muito sobre como a EA pode acolher elementos de jogos NFT ou um modelo “play-to-earn” como o do Axie Infinity que recompensa jogadores com tokens cripto.

No entanto, ele sugeriu que o elemento de governança de ativos dos jogos cripto pode criar uma interação mais profunda para jogadores.

“Acredito que qualquer coisa que integre mais pessoas e as envolva por mais tempo, no contexto do entretenimento que iria criar, pode ser algo bom ao longo do tempo”, explicou. “Acredito que seja a própria base de nossos serviços on-line.”

Ubisoft, criadora de jogos como Assassin’s Creed e Far Cry, lançou alguns projetos pequenos e experimentais relacionados a NFTs no passado e apoiou diversas equipes e projetos do setor.

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Recentemente, Ubisoft fez seu primeiro investimento no setor, apoiando Animoca Brands, criadora de The Sandbox, em sua mais recente rodada de financiamento de US$ 65 milhões.

Em outubro, Yat Siu, fundador e presidente executivo do Animoca Brands, contou ao Decrypt que a empresa irá trabalhar com a Ubisoft em jogos baseados em NFTs.

Durante uma conferência sobre ganhos na semana passada, a liderança da Ubisoft afirmou, destacando que está, sim, trabalhando em projetos baseados em NFTs. Yves Guillemot, CEO da Ubisoft, que a criadora quer “ser uma das principais participantes” do setor.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.