Painel Rio NFT
Saori Honorato

O segundo dia do NFT.Rio começou nesta sexta-feira (1º) com uma roda de debate sobre a construção de blockchains sustentáveis e como os NFTs pode contribuir para cuidar – e não destruir – o meio ambiente. O painel teve a participação de Rita Wu, arquiteta e apresentadora da CNN, Marcos Albuquerque, engenheiro ambiental e bioquímico, e Augusto Veríssimo, CMO da Moss, empresa especializada na tokenização de crédito de carbono.

O centro da discussão foi como a tecnologia blockchain e a eliminação de intermediários permitiu que pessoas comuns pudessem ter acesso a formas de compensar seu impacto ambiental e contribuir diretamente para projetos de impacto e conservação ambiental.

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“A principal revolução que surgiu com blockchain foram os contratos inteligentes. Se você é holder de um projeto de impacto, você tem na mão a certeza de que o que foi prometido vai ser cumprido”, explica Veríssimo, ao falar sobre o MCO2, o primeiro crédito de carbono tokenizado lançado pela Moss, que permite empresas e pessoas compensar sua emissão de carbono.

Ele afirma que, para marcas, a preocupação ambiental vai ser um fator de decisão para gerar compras e atrativos para clientes que buscam melhores hábitos. Segundo ele, a tecnologia das criptomoedas pode ajudar nessa tarefa.

“O que blockchain, criptomoedas e NFTs trazem de bom para o meio ambiente é a descentralização do poder. Antigamente, se eu fosse um pequeno proprietário de terra e buscasse recursos, teria que passar por uma série de barreiras burocráticas. Mas com cripto, tenho o poder de interagir com as pessoas e conseguir os recursos mais facilmente”, complementa Marcos Albuquerque.

Dinheiro pela defesa

Uma oportunidade de implementação dos NFTs nesta história é em pagamentos por serviços ambientais (PSA), um mecanismo do mercado usado para remunerar quem está protegendo o meio ambiente.

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“NFT permite PSA de forma mais direta eliminando os intermediários, e torna esse mecanismo de recompensa mais fácil sem precisar depender de empresas privadas ou governo para garantir que boas práticas aconteçam. Com NFT, você pode investir em um projeto socioambiental e assistir ele se desenvolver e até mesmo ter um retorno com isso”, explica.

A dupla de especialistas também foi provocada por uma pergunta do público sobre o próprio impacto da blockchain no meio ambiente, que pode exigir grandes quantias de energia para se sustentar.

“Existe uma preocupação sobre o custo de energia das blockchains com a própria mineração, mas eu vejo que estamos caminhando para desenvolver alternativas mais sustentáveis. Ethereum, por exemplo, está na eminência de passar de prova de trabalho (PoW) para prova de participação (PoS) e que gera uma emissão muito menor”, diz Albuquerque, ao defender a necessidade deum balanço entre segurança da rede e consumo de energia.

Ele lembra também que as principais empresas de mineração já são alimentadas por energia renovável, para diminuir a emissão de carbono com a atividade.

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Veríssimo acrescentou que também é preciso cobrar outros setores por melhores práticas ambientais. “Se olharmos em perspectiva quanto tempo o mercado tradicional demorou, blockchain está mil vezes mais acelerado na questão de sustentabilidade”.

NFT.Rio

A programação do NFT.Rio continua com diversos paineis ao longo desta sexta-feira (1º). Às 10h, Marimoon e Bruno Natal voltam para discutir o que é Web3 ao lado de João Pedro Novochadlo e Beta Antunes. Às 11h, o papo será sobre como criar NFTs com Marimoon e Hot Café.

No período da tarde, a programação continua com o painel Comunidades Digitais” com Bruno Natal, Danilo Matos, Marcus MCP do CryptoRastas e Vlad do Skate Hive. Às 14h, o assunto será sobre metaverso e nossas vidas digitalizadas, seguido pelo painel “Crypto Art: a estética nativa digital” às 15h. O dia termina às 16h com o primeiro masterclass promovido pela Blockchain Academy no evento.

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