O Itaú está lançando uma plataforma de tokenização no mercado, mas deixou claro que o produto não se trata de criptomoedas.
Em uma conferência de imprensa na manhã desta quinta-feira (14), a Vanessa Fernandes, Global Head de Itaú Digital Assets, fez questão de marcar as diferenças.
A ideia é digitalizar um ativo real numa rede blockchain privada trazendo rastreabilidade e segurança para o produto, segundo a executiva.
A rede escolhida é a Hyperledger Besu permissionada, que não permite o wallet out dos tokens. Isto é, o usuário precisa negociar apenas no sistema do banco.
A ideia vem sendo elaborada há cinco anos e o primeiro teste foi um produto de recebíveis – para um cliente que não foi revelado – e lançado apenas para clientes private.
Segundo Fernandes, foram emitidos R$ 360 mil e tudo foi vendido. A liquidação será feita em 35 dias.
O projeto é experimental e ainda opera numa escala pequena. Segundo Luciano Diaferia, Superintendente de Mesas e Produtos Itaú, a ideia é sobre o racional do investimento.
“Não é porque é um token, mas é o que ele representa. O investidor vai pensar: qual é o risco de crédito, qual é a taxa de retorno?”
O produto inicial foi um teste manual. Agora, o objetivo do projeto é aumentar e automatizar os processos. O lançamento para o mercado será feito até final do ano.
Itaú e mudanças sobre criptomoedas
De acordo com Vanessa Fernandes, a mudança da empresa em relação à tecnologia blockchain começou em 2017, com a criação de novas ferramentas que foram sendo desenvolvidas para rastrear os ativos.
Em diversos momentos, a executiva comentou que o banco está acompanhando de perto a regulação e em especial o projeto de lei das criptomoedas que está sendo debatido na Câmara.
“O debate é importante. As mesmas regras precisam valer para todos”, concluiu Fernandes.