A Charles Schwab planeja entrar no mercado de criptomoedas à vista quando as regulamentações dos EUA fornecerem caminhos mais claros, disse o novo CEO da corretora americana, Rick Wurster, na quinta-feira (21).
Durante uma entrevista à Bloomberg Radio, Wurster enfatizou a prontidão da empresa em expandir suas ofertas aos clientes assim que as condições regulatórias melhorarem.
“Entraremos no mercado à vista de cripto quando o ambiente regulatório mudar”, disse Wurster, que deve assumir como CEO em janeiro. Ele acrescentou que a empresa antecipa mudanças favoráveis sob a administração de Donald Trump.
Apesar desses ventos favoráveis, o presidente e novo CEO da Charles Schwab observou que não investiu pessoalmente em criptomoedas, mas reconheceu seu apelo entre os investidores.
“Cripto certamente chamou a atenção de muitos, e eles ganharam muito dinheiro fazendo isso”, ele disse. “Eu não comprei cripto e agora me sinto bobo.”
A Schwab, que já está ativa no espaço cripto por meio de fundos negociados em bolsa e contratos futuros, pretende fortalecer suas ofertas em meio a uma nova onda de entusiasmo este ano pelos ativos digitais.
Charles Schwab e criptomoedas
As criptomoedas se tornaram um ponto importante na corrida para capturar o interesse de investidores de varejo, impulsionadas por sua volatilidade e potencial de crescimento. Uma pesquisa de outubro feita pela Charles Schwab descobriu que quase metade dos entrevistados planejava investir em cripto por meio de ETFs no próximo ano.
A Charles Schwab enfrenta uma concorrência cada vez maior de plataformas mais novas, como a Robinhood Markets, que rapidamente ganhou força entre investidores de varejo.
A capacidade de oferecer negociação diretamente através de sua plataforma visa fortalecer seu Crypto Thematic ETF (STCE), que proporciona exposição global a empresas que podem se beneficiar do desenvolvimento ou da utilização de produtos de criptoativos e outros ativos digitais.
Embora a STCE não invista diretamente em criptomoedas, o produto se concentra em empresas do setor, incluindo aquelas envolvidas em mineração, negociação e aplicações de tecnologia blockchain.
A pressão tem aumentado em Wall Street para começar a se abrir para essa classe de ativos, vinda de clientes ansiosos por capturar vantagens em meio a mudanças regulatórias.
Durante a campanha eleitoral deste ano, o presidente eleito, Donald Trump, prometeu não vender a reserva de Bitcoin do governo, proteger os interesses do setor de mineração de criptomoedas, promover regulamentações favoráveis e demitir o presidente da SEC, Gary Gensler.
Gensler, há muito desprezado pelos defensores das criptomoedas pelo que eles caracterizaram como uma abordagem severa em relação à indústria, anunciou na quinta-feira (21) que renunciaria ao cargo mais alto da agência até 20 de janeiro.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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