O pastor Gersil Caetano Rosa, principal líder da Assembleia de Deus Madureira na cidade de Caiapônia, Goiás, é suspeito de chefiar um esquema de pirâmide financeira, reportou o Metrópoles na segunda-feira (20).
De acordo com o site, o caso já tem dois anos e não foi propagado antes porque várias partes envolvidas tiveram medo de represálias. A polícia Civil acredita que o prejuízo a vítimas pode ultrapassar R$ 500 mil.
Rosa foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) em maio deste ano. Ele é acusado de fazer várias vítimas de golpe financeiro, diz o site
Investimento em petróleo
Segundo o Metrópoles, as reuniões eram feitas na sede da igreja. Nelas eram oferecidos investimentos em barris de petróleo de uma empresa de fachada chamada Fuel Age.
Eles cobravam uma taxa de cadastro de R$ 120 e oferecia investimentos que podia ultrapassar R$ 20 mil. Meses depois de aderirem ao negócio, os participantes não tiveram respostas dos investimentos.
O número de reclamações foi aumentado e o grupo, que contava com o filho do pastor, Fábio Gomes Caetano, disse aos clientes que a empresa havia falido.
Com o escândalo, o pastor começou a perder fiéis e se transferiu para outra unidade da igreja.
“Minha mãe nunca mais foi à igreja e passou a tomar remédios para dormir. Não por causa do dinheiro, mas por que era Deus no céu e esse pastor na terra”, disse o filho de uma das vítimas.
Dentro da Assembleia de Deus
Um dos primeiros a denunciar o esquema foi o mecânico Amarildo Antonio da Silva, presbítero da igreja.
Amarildo disse que se sentiu intimidado por Adolfo de Freitas, que também participou da audiência e foi armado.
Passado um mês, ele sofreu uma represália por dois homens armados. Eles pediram que ele saísse da cidade. E foi o que ele fez.
“Ele me mandou encostar o carro e dois homens desceram. Eles estavam com armas grandes e falaram que o patrão deles tinha mandado eu sair da cidade. Acabei fugindo com a família”, disse Amarildo ao site.
Enquanto ocorrem as investigações, Freitas foi afastado da delegacia.
Delegado foi afastado do caso
Alguns registros de depoimentos de vítimas começaram a desaparecer da delegacia. Foi então que o delegado Marlon Souza Luz, mesmo em férias, enviou rapidamente o processo ao Ministério Público.
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“O extravio dos autos era uma possibilidade concreta diante das pressões políticas e de outras naturezas que vínhamos e ainda estamos sofrendo”, disse Luz.
Quando ele retornou das férias, soube que não mais atuaria na cidade. A polícia Civil justificou que foi por interesse do serviço de Polícia Judiciária.
Plano de assassinato
No entanto, Luz descobriu um esquema para matá-lo. Só não aconteceu porque um dos matadores desistiu quando soube que a vítima era um delegado. Eles receberam R$ 80 mil.
Conforme a reportagem, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás não quis comentar as ameaças, mas confirma que o caso é investigado.
Defesa do pastor nega
O advogado de defesa do pastor e de mais três pessoas, Watson Nunes de Oliveira, disse que não há como provar que essas pessoas pagaram quantias em dinheiro aos seus clientes.
“Não vamos dizer ainda como, mas vamos provar que todos são inocentes e que meus clientes foram igualmente enganados”, afirmou Oliveira ao site.
No entanto, a reportagem do Metrópoles diz que as pessoas entregavam dinheiro vivo na casa de Flávio e que “a residência funcionava como uma espécie de banco”.
O advogado também questionou sobre o vazamento do processo, que está sob sigilo, e que está causando constrangimento aos seus clientes.
Assembleia de Deus defende acusado
Procurado pela reportagem, o presidente da Convenção das Assembleias de Deus em Goiás, Oídes José do Carmo, defendeu o pastor.
Carmo disse que Rosa está sendo vítima de um inquérito fabricado e que pelo conjunto de provas e pelo que conhece o pastor, a comunidade acredita em sua inocência, bem como provar na Justiça que também foi vítima.
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