O ex-motoboy Matheus Pires pode receber mentoria financeira do empresário Thiago Nigro, mais conhecido como ‘Primo Rico’. O jovem de 19 anos recebeu mais de R$ 200 mil em doações após a repercussão do vídeo onde ele aparece sendo ofendido por um cliente num condomínio em Valinhos, interior de São Paulo.
Na noite de quarta-feira (12), o jovem fez questão de reforçar o encontro para os seus mais de 2 milhões de seguidores. “Noite com o Primo”, escreveu.
A reportagem do Portal do Bitcoin enviou um email para a assessoria de Matheus para confirmar sobre consultoria financeira, mas até a publicação deste texto não houve retorno.
O episódio no trabalhou gerou uma onda de solidariedade na internet. Além do dinheiro doado por quase 4 mil pessoas — até o momento R$ 206 mil em uma vaquinha online —, Matheus ganhou uma moto nova e cursos de seus apoiadores. Um novo emprego ele também já tem, um home office de edição de vídeos para uma empresa na capital paulista.
Conheceu Primo Rico e empresários
Segundo reportagem do UOL, Matheus participou de uma reunião de negócios ao lado de figuras relevantes do meio corporativo, como Ricardo Dias, vice-presidente de marketing da Ambev. Àquela altura, Nigro também já se fazia presente.
Um dos participantes da tal reunião foi o diretor da empresa que Matheus vai trabalhar. Rapha Avellar inclusive era admirado por ele, que cerca de dois anos atrás tentou montar um negócio e consultava o empreendedor pelo Instagram.
Caso em Valinhos e Luciano Huck
No dia 31 de julho, a realizar uma entrega num condomínio de luxo, o jovem foi alvo de ofensas racistas disparadas por um homem chamado Mateus Abreu Almeida Prado Couto.
Um vídeo sobre o episódio foi postada em redes sociais. Na ocasião, o empresário e apresentador da TV Globo, Luciano Huck, se sensibilizou e compartilhou a cena, reforçando a denúncia com os dizeres “vergonha, tristeza e revolta”.
Após os fatos, o então motoboy registrou um boletim de ocorrência e o suposto crime de injúria racial está sendo investigado. Se condenado, Couto pode pegar até 3 anos de detenção ou multa.
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