Por indícios de atuar como pirâmide financeira com bitcoin, a ‘18k Ronaldinho’, empresa ligada ao ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, está sob análise do Ministério Público Federal (MPF). Uma nota da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi enviada ao UOL, que publicou a reportagem nesta terça-feira (08).
“Este é um procedimento pré-investigatório, com a finalidade de apenas colher informações preliminares e deliberar sobre uma eventual instauração de procedimento investigatório”, afirmou em nota a PGR.
De acordo com a reportagem, a análise começou após relatadas duas denúncias contra a empresa ao MPF e Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Segundo o UOL, ao ser questionado, o advogado Sérgio Queiroz, que representa Ronaldinho e seu irmão Roberto de Assis, disse que os dois não têm mais vínculo com o negócio há duas semanas.
A 18k Ronaldinho não confirmou a saída, segundo o site. No entanto, Queiroz afirmou que Ronaldinho rescindiu com a empresa quando descobriu as mudanças nos modelos de negócios — que passaram a valorizar mais os rendimentos com bitcoins do que a venda dos produtos, diz a reportagem.
“O Ronaldo fechou um contrato de publicidade para vender relógios em 2016. Depois foi feito outro contrato quando a empresa quis entrar no marketing multinível, para vender outros produtos além de relógio. O Ronaldo nunca deu autorização para negócio com Bitcoin. Assim que soubemos disso, rescindimos o contrato”, disse o advogado.
Ele acrescentou que vai acionar juridicamente a empresa, caso ela continue usando a imagem de Ronaldinho em seu material de divulgação.
18k Ronaldinho se defende
À reportagem, a empresa negou as promessas de rendimentos, ressaltando que o principal negócio da 18k Ronaldinho é a venda de relógios, cafés e joias.
Em entrevista ao UOL, o advogado da 18kRonaldinho, Gabriel Villarreal, disse que a empresa não faz promessa de rendimento por não ser uma empresa de investimentos.
Ele disse que a porcentagem de até 2% é referente a um teto de bonificação pago de acordo com os resultados da empresa. Sobre investimentos, a empresa disse que atua com capital próprio, resultante da venda de seus produtos.
“A empresa não faz operações com capital de terceiros e todos os valores recebidos da rede são relativos à aquisição de produtos da marca 18k”, disse Villarreal, acrescentando: “É uma operação interna da empresa”.
Sobre o negócio estar sob análise do MPF, o advogado disse que “a empresa não foi notificada por nenhum órgão ou autoridade acerca da instauração de qualquer procedimento, motivo pelo qual desconhece e refuta a afirmação”.
Site diz que é pirâmide
No mês passado, o site americano Behind MLM, que faz análises sobre empresas de marketing multinível, apontou a ‘18k Ronaldinho’ como uma suposta pirâmide financeira. “Negócio de relógios falido se transforma em Ponzi com criptomoedas”, escreveu o site na ocasião.
Em meados de julho, Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mandou suspender as atividades de Forex da LBLV, empresa que tinha como garoto propaganda o jogador.
No fim do mesmo mês, a Justiça do Rio Grande do Sul bloqueou 57 imóveis no nome de Ronaldinho. Segundo a Folha de São Paulo na ocasião, o jogador acumulava milhões em dívidas oriundas de multas e impostos.
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