O Ministério das Comunicações vai liberar, por meio do Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações), um investimento de R$ 50 milhões para projetos de tecnologia, inclusive da área de blockchain.
O recurso, conforme resolução publicada nesta terça-feira (17) no Diário Oficial da União, faz parte do PAR (Plano de Aplicação de Recursos) de 2020 a 2022 da Fundação CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento).
Vale lembrar que, em julho do ano passado, o Ministério já havia liberado cerca de R$ 43 milhões para o PAR de 2019 a 2021 da fundação.
O CPqD, criado em 1976 em Campinas (SP), é um centro privado de pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Até a década de 90, no entanto, o centro fazia parte da Telebrás, estatal de telecomunicações privatizada naquela época. Por causa disso, a fundação até hoje recebe recursos do governo.
Projeto de blockchain tem R$ 2,7 milhões
O projeto de tecnologia de registro destribuído é o IoT-Blockchain Fase 2. A iniciativa receberá cerca de R$ 2,7 milhões do total disponibilizado pelo Ministério.
De acordo com o CPqD, o objetivo desse projeto é desenvolver componentes para plataformas de código aberto. Além disso, visa implementar aplicações seguras baseadas em blockchain.
Plataforma 5G e internet das coisas
Além do IoT-Blockchain Fase 2, os recursos serão utilizados em outros projetos da área de tecnologia. Um deles é a criação de uma plataforma 5G, que terá R$ 21 milhões do total do investimento aprovado.
Outro projeto é TeraNET Fase 2, com R$ 11 milhões à disposição. A iniciativa, segundo a assessoria, visa desenvolver sinais para implementação em circuitos integrados e dispositivos em fotônica integrada.
A Fundação também desenvolverá uma ‘Plataforma IoT’, focado em tecnologias para cidades inteligentes. O investimento é de R$ 13 milhões.
Por último, a fundação também alocará os recursos no projeto SemeAR, com foco na transformação digital de pequenos produtores do campo. O investimento é de R$ 2 milhões
Vale ressaltar que, conforme a publicação no Diário Oficial da União, a liberação dos valores previstos está condicionada à aprovação das Leis Orçamentárias Anuais.