O cofundador da MicroStrategy, Michael Saylor, compartilhou uma estratégia detalhada de adoção do Bitcoin com o conselho de diretores da Microsoft, demonstrando como a gigante da tecnologia poderia atingir até US$ 584 por ação e criar quase US$ 5 trilhões em valor para os acionistas até 2034 por meio de várias estratégias.
As ações da Microsoft subiram 14% no acumulado do ano, para US$ 423,46, de acordo com dados do Google Finance.
Falando na reunião de acionistas da Microsoft neste mês, a apresentação de Saylor descreveu como a Microsoft poderia converter seus atuais US$ 200 bilhões em distribuições de capital em participações em Bitcoin, mostrando potencial para reduzir o valor empresarial em risco de 95% para 59%, ao mesmo tempo em que melhora os retornos anuais de 10,4% para 15,8%.
“O Bitcoin é o parceiro de fusão universal, perpétuo e lucrativo”, disse Saylor ao conselho, comparando a estratégia à aquisição de “uma empresa de US$ 100 bilhões crescendo 60% ao ano e com receita de 1x”.
Universal e perpétuo
Saylor enquadrou o Bitcoin como um tipo único de alvo de aquisição corporativa para a Microsoft, apresentando dados que mostram uma taxa de retorno anual (ARR) do BTC de 62%, em comparação com a ARR de 18% da Microsoft, o que não traz as complexidades e riscos típicos de fusões e aquisições (M&A) tradicionais.
O Bitcoin é um alvo de aquisição sempre disponível que pode absorver capital e, ao mesmo tempo, gerar retornos superiores em comparação à estratégia atual de dividendos e recompras da Microsoft, disse Saylor.
A metáfora parece ser direcionada principalmente ao conselho e à liderança executiva da Microsoft, que estão familiarizados com a dinâmica tradicional de fusões e aquisições, mas podem estar buscando novos caminhos para implantação de capital em sua escala atual.
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Bitcoin não tem ‘risco de contraparte’
Saylor também enquadrou o Bitcoin como excepcionalmente resistente a riscos tradicionais de negócios e geopolíticos. Sua ênfase em “risco de contraparte” abordou uma preocupação fundamental para tesourarias corporativas: a necessidade de depender do desempenho, estabilidade ou cooperação de outras entidades.
Quando combinado com seus slides anteriores mostrando a métrica atual de valor em risco de 95% da Microsoft, esse ponto se torna mais poderoso: Saylor está essencialmente argumentando que a atual estratégia de tesouraria da Microsoft os deixa expostos a todos esses riscos de contraparte, enquanto o BTC oferece um caminho para reduzir essa exposição significativamente.
Saylor continua delineando uma distinção entre Bitcoin como uma “commodity, não uma empresa”, reforçando seu argumento de que, diferentemente das atuais participações do tesouro da Microsoft, o valor do Bitcoin não depende do desempenho ou estabilidade de nenhuma entidade única. Isso entra em tendências mais amplas de tesouro corporativo de buscar ativos não correlacionados para gerenciamento de risco, disse ele.
Usando o modelo Bitcoin24 , um modelo de simulação de código aberto para adoção do Bitcoin, Saylor demonstrou como a Microsoft poderia transformar sua posição atual — aproximadamente US$ 3 trilhões em valor de mercado, com US$ 27 bilhões em caixa líquido e US$ 70 bilhões em fluxo de caixa crescendo 10% ao ano — em uma base financeira substancialmente maior e mais robusta.
Em outubro, a Microsoft pediu que seus acionistas votassem se ela deveria investir em Bitcoin.
“Faça a coisa certa para seus clientes, funcionários, acionistas, o país, o mundo e seu legado”, concluiu Saylor, dando um empurrão final para o que representaria uma das adoções corporativas mais significativas do Bitcoin até o momento. “Adote o Bitcoin.”
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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