Mercado Bitcoin lança calculadora que mostra ganhos com venda de tokens do Santos

Corretora lança ferramenta para donos de tokens do Santos estimarem quanto podem receber por vendas
Imagem da matéria: Mercado Bitcoin lança calculadora que mostra ganhos com venda de tokens do Santos

Foto: Shutterstock

O Mercado Bitcoin lançou uma calculadora para que os donos de tokens do Santos calculem e sonhem o quanto podem ganhar com seus ativos.

Por enquanto o “Token da Vila” está disponível apenas para clientes da corretora, em mercado primário, custando R$ 50 a unidade. Quando passar para mercado secundário os donos poderão criar uma ordem de venda estipulando um preço pelo qual aceitam vender o ativo.

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O assunto aqueceu nessa sexta-feira (07) com o anúncio do empréstimo pelo Barcelona do jogador da seleção brasileira Philippe Coutinho para o clube inglês Aston Villa. O meio-campo está na cesta de atleta tokenizados pelo Vasco.

Celeiro de craques

O Santos é notório por ser o maior formador de craques do Brasil e sua cesta é impressionante: basta dizer que Neymar (PSG), Gabigol (Flamengo) e Rodrygo (Real Madrid) fazem parte dela.

Caso Neymar fosse vendido hoje pelo mesmo preço que o Paris-Saint Germain pagou ao Barcelona em 2017, que são cerca de R$ 1,4 bilhões em valores corrigidos, o dono de cinco tokens do Santos iria receber R$ 416 em dividendos – o que dá R$ 83,35 por token.

Mas esse não parece ser um cenário plausível, já que Neymar só deve deixar o clube ao fim de seu contrato em 2025.

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Porém, existe um horizonte bem mais factível: Gabigol, que fez cem gols em duas temporadas no Flamengo, vem sendo sondado por clubes europeus. O mais enfático é o próprio Barcelona e a imprensa esportiva estima que o negócio possa envolver R$ 128 milhões.

Caso a venda se concretize nesse valor, os investidores receberiam R$ 7,29 por token, o que renderia um lucro de quase 15%.

Na hipotética venda de Neymar o lucro seria estratosférico: 66% sob o capital investido.

Dividendos do Vasco

O acordo entre Barcelona e Aston Villa por Philppe Coutinho tem uma claúsula de preferência de compra para o clube inglês ao fim do empréstimo. Esse negócio, caso concretizado, deve ser na casa dos 40 milhões de euros.

Coutinho foi formado pelas categorias de base do Vasco e uma regra da FIFA impõe que o clube formador de um atleta sempre deve receber algo pela venda, empréstimo ou outra forma de lucro durante a carreira.

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Assim, os donos de tokens do Vasco já começam a fazer as contas para ver os dividendos que poderão ser recebidos.

O “digital asset” do Vasco está cotado em R$ 20,49, com alta de 4,2%. São 12 atletas na cesta.

Foi justamente Coutinho que gerou o primeiro rendimento do token. Em abril do ano passado, o Mercado Bitcoin anunciou na que uma negociação envolvendo o atleta gerou um retorno de 1,63% sobre cada token. Naquele momento foram distribuídos pouco mais de R$ 800 mil aos investidores.

Depois, em novembro, os donos do Vasco Token começaram a receber rendimento relacionado à venda do jogador Marrony, para o clube dinamarquês Midtjylland, realizada em agosto deste ano. Foram distribuídos meio milhão de reais.

No mesmo mês, os investidores foram pagos pelo fato de o jogador Allan Loureiro ter batido sua meta de desempenho no clube inglês Everton Football Club, time da Premier League.

O total de recursos distribuídos proporcionalmente aos detentores de tokens foi superior a R$ 158 mil.

Fan token e non-security tokens

Ainda há uma grande confusão sobre a diferença entre fan tokens, que vários clubes têm, e non-security tokens, criado por poucos.

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Fan tokens são vendidos sem que haja uma expectativa de lucro de quem os compra. É uma forma de apoiar um time, artista ou projeto. Em geral, os beneficiados promovem algumas ações como abrir uma votação sobre a cor de um uniforme, mas não existe obrigação nenhuma.

Já os non-security tokens são ativos alternativos que não se caracterizam como valor mobiliário, sendo normalmente ilíquidos, de alto retorno e tradicionalmente vendidos de forma exclusiva a grandes investidores. Na forma de ativos digitais, podem ser adquiridos em unidades de tokens e negociados a qualquer instante no mercado secundário, permitindo a democratização do acesso a pequenos poupadores.

*Texto alterado às 11h do dia 10/01/2022 para correção de informação. A versão anterior do texto deixava a entender que os tokens do Santos e do Vascos são security tokens; eles são na verdade non-security tokens.