Mega exploradora de petróleo dos EUA passa a vender energia a mineradores de bitcoin

Mineradores vão ajudar a ConocoPhillips a eliminar a queima rotineira de gás natural
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Foto: Shutterstock

ConocoPhillips, uma mega empresa de exploração de petróleo e gás dos Estados Unidos, anunciou na terça-feira (15) a sua entrada indireta no setor de mineração de criptomoedas.

A empresa começou a fornecer energia para os mineradores de bitcoin que operam na Dakota do Norte. Essa energia vendida ao grupo é proveniente do excesso de gás natural de um dos projetos da ConocoPhillips na região de Bakken.

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Um representante da companhia disse à CNBC que a empresa não está operando a própria fazenda de mineração de criptomoedas, mas sim direcionando o gás excedente para um processador de bitcoin que pertence e é gerenciado por terceiros.

A ConocoPhillips não divulgou ao veículo para quais mineradoras de bitcoin está fornecendo energia,  nem há quanto tempo o projeto está em andamento.

Mineradores evitam que gás seja queimado

Se os mineradores de bitcoin não estivessem dispostos a usar essa energia, o gás já extraído acabaria sendo queimado, uma prática rotineira de empresas dessa área. É isso que a ConocoPhillips tenta evitar.

A empresa tem o objetivo de eliminar gradualmente a queima rotineira de gás natural nas regiões onde atua nos EUA, tanto para diminuir o impacto ambiental da ação como evitar o prejuízo financeiro.

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A meta da ConocoPhillips é reduzir a queima rotineira de gás a zero até 2030, e está recorrendo à mineração para cumprir essa missão.

Embora essa seja a primeira vez que a ConocoPhillips demonstra interesse no meio cripto, outras empresas do setor já possuem relações estabelecidas com os mineradores das regiões onde atuam.

A Crusoe Energy Systems, com sede em Denver, possui um contêiner com milhares de máquinas dedicadas à mineração de bitcoin em uma propriedade onde faz extração de petróleo. A empresa desvia o gás natural para os geradores instalados no local, que convertem o gás em eletricidade que é então usada para alimentar as mineradoras.

Segundo um estudo publicado pela Crusoe, a estratégia vem ajudando a empresa a reduzir em 63% as emissões de CO2 geradas a partir da queima contínua de gás natural.