As criptomoedas ganham força no último dia deste semestre em meio à aposta de Wall Street nos ativos digitais, apesar dos desafios regulatórios. No mercado de renda variável, traders ficam de olho na divulgação de dados-chave da inflação nos EUA.
A caminho de fechar o semestre com ganho acima de 80%, o Bitcoin (BTC) sobe 1% nas últimas 24 horas, para US$ 30.755,17, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC é negociado com alta de 0,96%, a R$ 149.678,64, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) registra valorização de 1,5%, cotado a US$ 1.885,59.
A Coinbase, maior exchange cripto dos EUA, está finalizando os detalhes para a ativação da Base, sua rede de segunda camada do Ethereum.
Aliás, Vitalik Buterin, cofundador da blockchain, vê com bons olhos alternativas a redes de primeira camada. Em um fórum no Twitter, Buterin disse que o Bitcoin e sua rede precisam de atualizações para melhorar a tecnologia e reduzir custos, de acordo com a Exame.
Entre as principais altcoins, a sexta-feira (30) também é de ganhos, com destaque para BNB (+2,1%), XRP (+1,4%), Cardano (+6,1%), Dogecoin (+4,2%), Solana (+9,2%), Polkadot (+3,3%), Polygon (+5,2%), Shiba Inu (+3,5%) e Avalanche (+4,8%).
Bitcoin hoje
O Bitcoin tem resistido ao clima hostil nos EUA para plataformas de criptoativos, até porque a maior criptomoeda não entrou no radar da SEC, a CVM dos EUA, assim como muitas altcoins.
Além disso, a corrida para lançar fundos de índice (ETF) de Bitcoin à vista por gigantes de Wall Street deu novo impulso ao mercado de ativos digitais.
Na quinta-feira (29), a Fidelity confirmou expectativas e reapresentou seu pedido para um ETF de Bitcoin spot.
Em documento apresentado à SEC, a gestora de ativos disse que seu Wise Bitcoin Trust ajudaria os investidores americanos a evitar riscos.
“Até este ponto, a falta de um ETF spot de Bitcoin expõe os ativos de investidores dos EUA a um risco significativo, porque os investidores, de outra forma, são forçados a encontrar uma exposição alternativa por meios geralmente mais arriscados”, disse o documento.
A Fidelity também fez outra grande aposta ao lançar a EDX Markets, uma exchange cripto com foco institucional, em parceria com o Citadel e Charles Schwab.
Com uma abordagem cautelosa, a corretora só vai negociar quatro criptomoedas: Bitcoin, Ethereum, Litecoin e Bitcoin Cash (BCH) que, aliás, embarcou em um rali desde o anúncio da nova exchange.
A criptomoeda saltou mais de 30% nas últimas 24 horas para uma máxima de 14 meses, de US$ 320, levando o ganho acumulado desde a estreia da EDX em 20 de junho para 183%, mostram dados do CoinDesk, com forte volume de trading na Coreia do Sul.
Em outro voto de confiança institucional nas criptomoedas, deputados da Carolina do Norte propuseram adicionar Bitcoin e ouro às reservas do estado, informou o Decrypt, com a aprovação de um projeto de lei para o estudo da medida.
Batalha SEC x Coinbase
Enquanto Wall Street ignora as ameaças da SEC, a reguladora vai apresentar sua resposta à primeira defesa legal da Coinbase em 13 de julho, de acordo com uma ordem judicial divulgada na quinta-feira.
A data da audiência foi marcada antes do esperado, motivada por uma tática de defesa “criativa” empregada pela Coinbase, pois a exchange apresentou sua primeira resposta 40 dias antes do prazo de 7 de agosto, conforme o CoinDesk.
De acordo com as regras, a SEC tinha que registrar a resposta à defesa da Coinbase até 3 de julho. Mas a agência pediu uma prorrogação de três dias úteis devido ao feriado de 4 de julho nos EUA, o que foi concedido pelo tribunal, que também antecipou a audiência, antes agendada para 24 de agosto.
Outros destaques das criptomoedas
A gestora de crédito N4 criou uma linha de capital de giro com foco em pequenas e médias empresas e tecnologia de finanças descentralizadas (DeFi) da Kona, ferramenta de blockchain que faz a ponte entre investidores e tomadores de crédito de curto prazo, de acordo com o Valor. O sistema da Kona permite um adiantamento de recursos por meio do investimento na stablecoin BRZ, que tem paridade com o real.
Selecionado entre os 16 consórcios que participarão do piloto do real digital, o Itaú pretende lançar seu projeto de custódia institucional de criptoativos até 2024, mas o desenvolvimento da infraestrutura para tokenizar a moeda brasileira é prioridade, disse ao Valor Guto Antunes, que comanda a Itaú Digital Assets. Enquanto isso, a Parfin propõe tokenizar quaisquer ativos financeiros com a tecnologia do real digital.
A marca de moda francesa Lacoste expandiu seu ecossistema de tokens não fungíveis (NFTs) na quinta-feira (29) com a oferta de recompensas, como sessões criativas e videogames, e cocriação para sua comunidade UNDW3, uma coleção lançada em junho do ano passado com 11.212 NFTs de fotos de perfil (PFP), conforme o CoinDesk.
E colecionadores de longo prazo dos NFTs da Azuki continuam vendendo os ativos digitais em massa depois do lançamento da criticada coleção Elementals, com um aumento de 817% no número de usuários desse grupo se desfazendo dos tokens, mostram dados da Nansen.
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