As maiores criptomoedas operam com estabilidade nesta quinta-feira (11), com a atenção de investidores dividida entre a baixa liquidez do mercado e o cenário macro, com mais uma decisão de juros no forno, desta vez a do Banco da Inglaterra.
Depois de mergulhar abaixo de US$ 27 mil na sessão anterior, o Bitcoin (BTC) mostra leve baixa de 0,4% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 27.455, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC registra queda de 1,1%, para R$ 137.178, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) também opera estável, negociado a US$ 1.823.
As principais altcoins mostram desempenho misto nesta quinta, entre elas BNB (+0,3%), XRP (-0,4%), Cardano (+1,2%), Dogecoin (-0,9%), Solana (-0,2%), Polygon (-0,9%), Polkadot (+1,4%), Shiba Inu (-0,1%) e Avalanche (+0,9%).
Em sua newsletter, analistas da exchange americana Coinbase destacaram os risco de investir nas chamadas criptomoedas-meme como PEPE e criptos emitidas na rede Bitcoin, os chamados tokens BRC-20.
Apesar do apelo em ganhar muito dinheiro em pouco tempo, a corretora alerta que traders também devem analisar o cenário a longo prazo. O token PEPE recua 13% nas últimas 24 horas, tendo reduzido a valorização em sete dias para cerca de 24%
Bitcoin hoje
O Bitcoin chegou a ensaiar um rali depois da divulgação dos dados da inflação ao consumidor (CPI) nos EUA, que ficou abaixo de 5% em abril pela primeira vez em dois anos na taxa anual, o que pode abrir caminho para uma pausa do aperto monetário nos EUA.
Mas a baixa liquidez e a preocupação com o congestionamento da rede da maior criptomoeda trouxeram volatilidade.
Em maio, o Bitcoin já acumula queda de 6%, com desempenho mais fraco do que as ações e o ouro, mostram dados da Bloomberg.
O período turbulento do Bitcoin contrasta com um rali de 72% no último trimestre que ofuscou investimentos tradicionais e criou a expectativa do fim do inverno cripto.
“Estamos em um período desafiador agora”, disse Matt Hougan, diretor de investimentos da Bitwise Asset Management, em entrevista à Bloomberg Television. “Vamos sair deste período com novas regras, com regulamentos mais claros e isso contribuirá” para um mercado altista de vários anos, afirmou.
No entanto, alguns estrategistas esperam pressão sobre os preços no curto prazo.
Katie Stockton, fundadora e sócia-gerente da Fairlead Strategies, disse ao CoinDesk TV que, em geral, o mercado cripto gosta dos números mais baixos do CPI, mas ainda não espera uma valorização dos preços, prevendo que o BTC pode cair para US$ 25.200.
Volumes da Binance
Relatório do Wu Blockchain publicado na quarta-feira (10) aponta para um menor volume de negociação de criptoativos em exchanges centralizadas em abril. As principais corretoras do mundo perderam 38,7% de seu volume no mercado à vista em 30 dias, entre março e abril.
Liderando a perda de volume deste segmento de operações estão Crypto.Com, com 59,8%, e a Binance com 46,9% no período analisado.
Aliás, a Binance avalia que está “muito difícil” operar nos EUA diante da recente pressão regulatória.
Em entrevista ao Financial Times, Patrick Hillman, diretor de estratégia da maior corretora cripto do mundo, disse que a empresa “vai fazer todo o possível” para conseguir ser regulada no Reino Unido.
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Dívida da FTX
De fato, autoridades nos EUA não têm recuado na investida contra o setor cripto.
O Internal Revenue Service (IRS), órgão equivalente à Receita Federal nos EUA, registrou demandas no valor de quase US$ 44 bilhões contra o espólio da exchange cripto FTX e suas entidades afiliadas, de acordo com o CoinDesk.
Segundo documentos do processo de recuperação judicial datados de 27 e 28 de abril, o IRS apresentou 45 queixas contra as empresas da FTX, que incluem West Realm Shires (a entidade legal da FTX.US), Ledger Holdings (a controladora da LedgerX e LedgerPrime) e Blockfolio, entre outras.
A maior demanda inclui US$ 20,4 bilhões e US$ 7,9 bilhões contra a Alameda Research, braço de trading da FTX, e outras duas totalizando US$ 9,5 bilhões contra a Alameda Research Holdings Inc.
Os registros foram apresentados sob a classificação “Admin Priority”, o que pode permitir que as demandas do IRS tenham preferência sobre outros credores em um processo de recuperação judicial.
O IRS disse ao CoinDesk que não comenta processos tributários em andamento.
Regulação na Argentina
Na Argentina, reguladores também apertam o cerco contra a indústria cripto.
O banco central argentino emitiu uma nova orientação que proíbe algumas empresas de conduzir certas atividades, segundo o The Block.
Especificamente, prestadores de serviços de pagamento registrados conhecidos localmente como PSPCPs não podem realizar ou facilitar operações com ativos digitais que não sejam regulamentados e autorizados pelo banco central. O aviso, datado de 4 de maio, diz que os provedores não poderão realizar as transações por conta própria, nem iniciá-las em seus aplicativos ou plataformas web.
Empresas formalmente registradas no banco central como prestadoras de serviços de pagamento incluem grandes players do setor, como MercadoLibre, Bind Pago, Mobbex, Nubi e Pomelo. As regras parecem visar “botões de compra automática” e os usuários interessados que desejam realizar tais transações “devem fazê-lo por conta própria”.
Outros destaques das criptomoedas
Miami se prepara para sediar a Bitcoin 2023, conferência que acontece entre os dias 18 e 20 de maio. Mas, em contraste com o clima da conferência no ano passado, a cidade está longe de ser considerada a capital global cripto, como foi definida uma vez pelo prefeito Francis X. Suárez, destaca reportagem do Wall Street Journal.
A equipe de basquete Miami Heat já não joga no estádio FTX Arena, que agora se chama Kaseya Center depois de o condado de Miami-Dade cortar laços com a corretora colapsada. E a Okcoin, exchange que listava a MiamiCoin, suspendeu as negociações diante da desvalorização de 99% da moeda digital da cidade.
Após a rede Ethereum migrar seu sistema de consenso para a prova de participação (PoS), muitas empresas do setor de mineração de criptomoedas ficaram preocupadas com a demanda por suas unidades de processamento gráfico, ou GPUs, na sigla em inglês.
Mas a Hive Blockchain e Hut 8 Mining, provedoras de infraestrutura de mineração cripto, encontraram um novo nicho: inteligência artificial. “Se você puder reaplicar parte desse investimento em infraestrutura de mineração de GPU e convertê-lo em novas placas e cargas de trabalho, faz sentido”, disse o CEO da Hut 8, Jaime Leverton, em entrevista à Bloomberg.
A Mattel, fabricante da Barbie, uniu forças com a marca Boss Beauties, liderada por mulheres da web3, para lançar uma linha de colecionáveis virtuais on-chain que celebram as muitas carreiras empreendidas pela icônica boneca lançada em 1959, de acordo com o Decrypt.
A coleção, Boss Beauties x Barbie, traz tokens não fungíveis (NFTs) com o design da Boss Beauties, que homenageiam as 250 carreiras da Barbie. A primeira coleção incluirá artistas, astronautas, CEOs, médicas, veterinárias, entre outras profissões.
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