Manhã Cripto: Ethereum sobe 3% com fim de investigação da SEC; Receita lança GT para fiscalizar corretoras estrangeiras

Entre os objetivos do novo grupo de trabalho da Receita Federal está criar uma estratégia de atuação em relação às corretoras que não cumprem suas obrigações tributárias no Brasil
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Foto: Shutterstock

O mercado de criptomoedas abre a quarta-feira (19) com um pouco mais de empolgação à medida que o preço do Ethereum (ETH), segundo maior ativo do setor, volta a subir após os reguladores da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) encerrarem sua investigação sobre o “Ethereum 2.0”, de acordo com a Consensys.

“Isso significa que a SEC não apresentará acusações alegando que as vendas de ETH são transações de valores mobiliários”, escreveu a empresa de software no X na noite passada.

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A Consensys processou a SEC em abril afirmando na época que os reguladores tentavam “regular o ETH como um valor mobiliário, mesmo que o ETH não tenha nenhuma das características de um valor mobiliário”, em uma queixa de 34 páginas.

O processo teve origem em notícias em março de que a Fundação Ethereum estava sendo investigada por uma “autoridade estadual” não identificada. Mas agora, essa investigação foi cancelada, informa o Decrypt.

Na manhã desta quarta, o ether apresenta ganhos de 3,3% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 3.533, segundo o CoinGecko. Como resultado, a moeda agora acumula ganhos de 14% no mês, influenciada em grande parte pela aprovação dos ETFs à vista nos EUA.

Outras criptomoedas estreitamente ligadas ao ecossistema Ethereum sobem ainda mais nessa manhã. Lido DAO (LDO), token de governança do protocolo de restaking líquido, dispara 17% no dia, seguido de perto pelo token do serviço de nomes de domínio Ethereum Name Service (ENS), que sobe 16,9%.

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O Bitcoin (BTC), por outro lado, mostra dificuldades em engatar uma valorização e é negociado com uma leve queda de 0,6% no dia, a US$ 65.136. Em reais, o BTC cai na mesma proporção, para R$ 356.405, de acordo com o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).    

Receita Federal lança GT para fiscalizar corretoras estrangeiras

A Receita Federal publicou na terça-feira (18) a portaria RFB Nº 427, que estabelece a criação de um grupo de trabalho (GT) para atuar em atividades relacionadas à conformidade tributária de exchanges de criptoativos com atuação no Brasil.

Entre as atividades deste novo grupo descritas no texto estão a realização de reuniões com instituições prestadoras de serviços de pagamentos no país de exchanges internacionais, para compreensão de seus modelos de negócios. 

A Receita realizará a ação visando três objetivos: “I – orientar quanto ao cumprimento de obrigações tributárias principais e acessórias; II – estruturar a captação de informações sobre depositantes e sacadores das contas dessas instituições; e III – estabelecer estratégia de atuação relativa a instituições que descumprem suas obrigações tributárias.”

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A Subsecretaria de Fiscalização da Receita (Sufis) será responsável por designar os servidores para compor o GT e indicará seu supervisor técnico, que deverá estabelecer as atividades a serem realizadas pelo grupo; definir cronogramas e entregas de trabalhos; acompanhar os trabalhos e prestar assessoria à equipe.

Na tarde passada, o Portal do Bitcoin já havia noticiado que a Receita Federal do Brasil iria em breve exigir que corretoras de criptomoedas estrangeiras, e que não estejam estabelecidas de forma oficial no Brasil, deem detalhes sobre as operações no país e como é a colaboração com prestadores de serviços locais.  

Andrea Chaves, secretária adjunta de fiscalização da Receita Federal, disse à Reuters que é uma “preocupação” para as autoridades entender como as empresas operam no Brasil e se há alguma ilegalidade. 

“Estamos preocupados em obter informações sobre a riqueza brasileira sujeita a tributação aqui”, disse Chaves. 

Também falou com a agência de notícias o coordenador de gestão de riscos da Receita Federal, Wagner Lima, apontando que um dos objetivos é entender como essas exchanges cooperam com os prestadores de serviços no país para garantir que forneçam as informações conforme exigido pela Receita Federal. 

Lima ressaltou que o objetivo é checar se esses prestadores de serviço estão atuando conforme o estipulado pela Instrução Normativa 1.888 de 2019 da Receita Federal. 

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