Manhã Cripto: Coinbase compra fatia da Circle; Friend.tech muda token do app e Ronaldinho poderá ficar em silêncio em CPI 

Preço do Bitcoin (BTC) e do Ethereum (ETH) mostra pouca variação; criador da FTX quer autorização para ficar fora da prisão cinco dias por semana para preparar a defesa dele
Ronaldinho Gaúcho de boina cinza piscando

Shutterstock

As duas maiores criptomoedas seguem com pouca variação nesta terça-feira (22) depois das quedas na semana passada, no aguardo de novos catalisadores.  

No mercado acionário, as bolsas na Europa e os índices futuros do Nasdaq sobem com a expectativa do balanço da Nvidia e registro do IPO da Arm, unidade de semicondutores do SoftBank, no que pode ser a maior oferta inicial de ações do ano. 

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O Bitcoin (BTC) mostra estabilidade pelo segundo dia, cotado a US$ 26.039,50, segundo dados do Coingecko.   

Análise do índice de força relativa mostra que a maior criptomoeda pode estar sobrevendida na esteira da onda vendedora, que resultou na saída de US$ 55 milhões de produtos de investimentos de ativos digitais. 

Em reais, o BTC cai 0,34%, para R$ 130.341,18, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

O Ethereum (ETH) recua 0,2%, para US$ 1.664,79. Um dado que chamou a atenção do mercado foi a transferência de 600 ETH pelo criador do Ethereum para uma corretora centralizada. 

Algumas altcoins mostram perdas mais acentuadas nesta terça, enquanto outras andam de lado, com destaque para BNB (-1,1%), Cardano (-2%), Solana (-0,5%), Dogecoin (+0,3%), Polkadot (-1,6%), Polygon (-4,1%) e Avalanche (-3,1%). 

Shiba Inu perde 3% nas últimas 24 horas, apesar dos planos de reiniciar sua rede Shibarium depois do lançamento problemático, conforme o CoinDesk. De acordo com o Cointelegraph, o cachorro da raça Shiba que inspirou memes e criptomoedas teria morrido aos 12 anos. 

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Coinbase compra fatia na Circle 

O Centre Consortium, emissor da USDC, a segunda maior stablecoin depois da Tether (USDT), foi dissolvido com a compra de uma participação minoritária pela Coinbase na Circle Internet Financial, de acordo com publicação no blog da empresa. 

“O Centre não existirá mais como uma entidade autônoma, e a Circle permanecerá como emissora da USDC, trazendo quaisquer responsabilidades de governança e operações do Centre internamente”, disseram o diretor-presidente da Circle, Jeremy Allaire, e o CEO da corretora cripto americana Coinbase, Brian Armstrong, no comunicado conjunto.  

Segundo o anúncio, a receita dos juros auferidos sobre as reservas em dólares que garantem os tokens USDC continuará a ser compartilhada entre as duas empresas, mas a divisão agora será igual. 

A postagem também informa que a USDC será lançada em seis novas blockchains até o final de outubro, mas sem nomear quais redes. Com isso, a USDC estará disponível em 15 blockchains diferentes, conforme o anúncio. 

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Ronaldinho Gaúcho na CPI das Pirâmides 

No Brasil, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras ouve nesta terça-feira (22) representantes da empresa 18K, que prometia retornos de 2% ao dia por meio de trading e arbitragem de criptomoedas. Entre os representantes está o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, fundador e sócio-proprietário da companhia. 

Segundo a coluna Lauro Jardim do jornal O Globo, o Supremo Tribunal Federal concedeu parcialmente um habeas corpus ao ex-jogador para que possa ficar em silêncio durante o depoimento. O ex-atleta, no entanto, não conseguiu autorização para não comparecer à oitiva, como foi o caso dos atores Tatá Werneck e Cauã Reymond, que fizeram publicidade para a pirâmide Atlas Quantum. 

O ministro do STF, Edson Fachin, afirma em sua decisão que os documentos não esclarecem se Ronaldinho Gaúcho foi chamado na condição de investigado ou testemunha, por isso, “deve-se privilegiar a presunção de constitucionalidade da atuação congressual”. 

Outra empresa que pode entrar na mira da CPI das Pirâmides é a agência de viagens 123 Milhas, que anunciou a suspensão das vendas e das emissões de viagens promocionais, de acordo com o InfoMoney, que cita um tuíte do deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), que preside a comissão. 

Outros destaques das criptomoedas  

Em mais um passo para o julgamento em outubro de Sam Bankman-Fried (SBF), cofundador da exchange cripto FTX, promotores enviaram propostas de instruções ao júri na segunda-feira (21) com detalhes sobre cada acusação. Bankman-Fried é acusado de sete crimes, entre eles conspiração para fraude e lavagem de dinheiro, sobre os quais se declara inocente. No mesmo dia, os advogados de SBF registraram um documento dizendo que o ex-CEO de fato acreditava que o uso de fundos de clientes não era ilegal. 

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Na sexta-feira (18), Bankman-Fried havia pedido autorização para sair da prisão cinco dias por semana para preparar sua defesa no tribunal federal de Manhattan. O juiz Lewis Kaplan ainda não analisou o pedido, mas permitiu que SBF se encontre nesta terça (22) com seus advogados por 5 horas e meia, quando será indiciado por financiamento ilegal de campanha, informou o CoinDesk

O Friend.tech, o mais novo aplicativo queridinho da internetuma rede social descentralizada que permite a usuários monetizar suas contas no X (antigo Twitter), mudou o nome do token da plataforma, antes chamado “Shares”, para “Keys”. No post publicado na segunda-feira (21), a rede explica que o nome anterior era preliminar: “(…) Achamos que Keys ilustra melhor seu propósito como itens no aplicativo usados para desbloquear as salas de bate-papo de seus amigos”. 

Escapar do radar da SEC, a CVM americana, também pode ter influenciado a decisão de mudar o nome do ativo, segundo o Decrypt. Em sua cruzada contra a indústria, o presidente da SEC, Gary Gensler, classificou muitas moedas digitais como valores mobiliários e, ao chamar seu ativo de “Shares” (ações em inglês), a Friend.tech poderia se tornar alvo do xerife de Wall Street. 

O Ministério da Economia e Sociedade Digital da Tailândia comunicou que planeja tomar medidas legais contra o Facebook, controlado pela Meta, por supostos anúncios fraudulentos de criptomoedas na plataforma, a menos que a rede social atue de forma ativa para resolver o problema, conforme o The Block

Em comunicado divulgado na segunda-feira, o ministério informou que pretende pedir a um tribunal local que feche o Facebook no país no final deste mês caso a rede não adote uma abordagem mais ativa para retirar anúncios supostamente relacionados a golpes – alguns envolvendo criptos. A Reuters apurou que o ministério está coletando evidências de irregularidades cometidas pelo Facebook que seriam apresentadas ao tribunal. A Meta ainda não respondeu a um pedido de comentário.