O Bitcoin (BTC) fecha a semana enfrentando uma queda de 2,2% nas últimas 24 horas, que leva sua cotação para os atuais US$ 57.153, segundo dados do CoinGecko. Em reais, o BTC cai 1,1% para R$ 313.581, de acordo com o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
A criptomoeda líder do mercado enfrenta uma semana volátil. Na tarde passada (11), o BTC chegou a subir 2,8% após o Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, divulgar que a inflação diminuiu pela primeira vez desde maio de 2020 em uma base mensal, caindo 0,1% em junho.
A desaceleração do ritmo da inflação é bem vista pelos investidores, pois pode fortalecer o argumento para cortes nas taxas de juros nos próximos meses, o que tornaria ativos de risco, como criptomoedas, mais atrativos.
Embora os dados macroeconômicos atuais sejam positivos, o Bitcoin ainda busca estabilidade em meio às preocupações dos investidores que surgiram na semana passada e ainda não se dissiparam, como as vendas de Bitcoin pelo governo da Alemanha e os reembolsos da Mt. Gox.
Enquanto o impacto dos pagamentos da Mt. Gox é difícil de calcular no momento, as vendas de Bitcoin pelo governo alemão devem acabar em breve, à medida que as carteiras ficam cada vez mais vazias devido às vendas diárias.
Segundo dados da Arkham Intelligence, o governo alemão já transferiu nesta sexta-feira (12) 1.200 BTC para as corretoras Bitstamp, Kraken e Coinbase, diminuindo sua reserva para 6.146 BTC (US$ 349,1 milhões) — uma queda significativa dos 50.000 BTC que a entidade possuía semanas atrás.
E embora o Bitcoin ainda esteja com dificuldades para voltar para o nível de US$ 60 mil, dados mostram que investidores continuam injetando capital no mercado.
Os ETFs de Bitcoin à vista nos EUA, por exemplo, seguem no quinto dia consecutivo de entradas líquidas e captaram mais US$ 78,9 milhões na quinta-feira (11), com a maior parte desse valor (US$ 72 mi) indo para o IBIT da BlackRock, segundo dados da plataforma Sosovalue.
Esses números são um sinal de que a recente correção do mercado cripto é vista como uma oportunidade para investidores de longo prazo. Segundo Matt Hougan, diretor de investimentos da gestora de ativos cripto Bitwise, ventos favoráveis poderiam impulsionar o Bitcoin para US$ 100.000 até o final do ano.
Entre os fatores positivos, ele cita entradas em fundos de investimento em Bitcoin à vista nos EUA, escassez de oferta pós-halving, o eventual lançamento de ETFs de Ethereum à vista, cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve dos EUA e uma mudança no cenário político em Washington.
“O mercado cripto está enfrentando uma dinâmica estranha agora”, reconheceu Hougan em nota aos investidores. “Todas as notícias de curto prazo são ruins, e todas as notícias de longo prazo são boas. A dicotomia está criando uma oportunidade incrível para investidores de longo prazo.”
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