Manhã Cripto: Bitcoin e Ethereum recuam após atingir maior nível desde 2021; Worldcoin é barrada na Espanha

A Espanha proibiu as operações da Worldcoin no país por até três meses em meio a investigações do órgão de proteção de dados
Moedas de ethereum e bitcoin

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As duas maiores criptomoedas vão na contramão nesta quinta-feira (7), em meio à volatilidade que marcou as últimas sessões. Os índices acionários globais fazem uma pausa perto de níveis recordes, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizar cortes de juros nos EUA neste ano.

Bitcoin, embora não mais negociado na sua máxima histórica de US$ 69 mil alcançada no início da semana, mostra estabilidade nas últimas 24 horas, cotado a US$ 66.850,93, segundo dados do Coingecko.  

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Apesar da calmaria nesta manhã, a Swissblock projeta que a maior criptomoeda pode subir para US$ 76 mil depois de se recuperar do tombo para a casa dos US$ 60 mil, na sequência do novo recorde.

Aliás, mesmo com o impressionante rali neste ano, há divergências sobre se o Bitcoin superou ou não seu recorde em dólares.

Em reais, o BTC ainda não bateu sua máxima histórica, que foi de R$ 380 mil em novembro de 2021, devido à volatilidade entre o dólar e o real, mostra análise do Portal do Bitcoin.

Na moeda brasileira, o BTC sobe 0,26% nesta quinta, negociado a R$ 333.288,03, de acordo com o Índice do Preço do Bitcoin (IPB). 

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Depois de atingir a maior cotação desde dezembro de 2021, o Ethereum (ETH) recua 1%, cotado a US$ 3.791,98. 

As principais altcoins vão em direções opostas, com destaque para BNB (+2%), XRP (+1,4%), Solana (+6,4%), Cardano (+0,7%), Dogecoin (-9,2%), TRON (-3,4%), Chainlink (+1,5%), Avalanche (+5,2%), Polkadot (+3,1%), Polygon (+6,9%) e Shiba Inu (-14%).

Espanha barra Worldcoin

Na Espanha, o governo proibiu as operações da Worldcoin no país por até três meses, em meio a investigações do órgão de proteção de dados sobre o projeto cofundado por Sam Altman, também CEO da OpenAI. Em comunicado divulgado na quarta-feira (6), a agência AEPD anunciou uma medida cautelar contra a Tools for Humanity Corporation, principal desenvolvedora da Worldcoin, cujo modelo de negócios envolve o escaneamento da íris em troca de uma identidade digital e do token WLD.

Em resposta à proibição temporária, a Worldcoin disse em um blog que está conversando com a agência, mas que os esforços da equipe para se comunicar com a AEPD “ficaram sem resposta durante meses”.

Oferta de ETFs no Arizona

Os fundos de índice de Bitcoin à vista em negociação nos EUA já atraíram US$ 8,5 bilhões desde a estreia em janeiro, em desempenho que ameaça superar as entradas em ETFs atrelados ao S&P 500 e ao ouro, disse Michael Saylor, fundador da MicroStrategy, a maior investidora corporativa de BTC.

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Diante de tanta demanda, um projeto de lei apresentado ao Senado do estado do Arizona, nos EUA, visa incentivar a inclusão de ETFs de Bitcoin no portfólio de planos de aposentadoria para funcionários públicos. A adoção do ativo digital é proposta na Resolução 1016 do Senado, apresentada pelos senadores Jake Hoffman e Warren Petersen juntamente com o deputado Joseph Chaplik, segundo o Decrypt.

Na Europa, a Figment Europe e o Apex Group lançam em 12 de março produtos negociados em bolsa (ETPs) com staking de Ethereum e Solana na SIX Swiss Exchange. Os ETPs visam fornecer acesso a serviços de renda passiva a instituições por meio de corretores ou bancos tradicionais.

BlockFi fecha acordo com FTX

A plataforma de crédito cripto BlockFi, atingida pelo colapso da FTX em 2022, chegou a um acordo preliminar de US$ 874,5 milhões com a empresa de Sam Bankman-Fried e com a Alameda Research, braço de trading da extinta exchange.

Segundo documento regulatório, após a aprovação judicial do acordo, a BlockFi receberá créditos de US$ 185,2 milhões da FTX e de US$ 689,3 milhões da Alameda.

A expectativa é que os clientes da BlockFi recebam o valor total dos créditos, desde que a FTX atinja suas metas de devolução, afirma o documento.

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Campanha polêmica da Binance

Uma campanha publicitária da Binance para homenagear o “Dia Internacional da Mulher” foi alvo de críticas entre a comunidade cripto. A campanha promove o perfume “CRYPTO” ou “Eau de Binance”, criado pela equipe de marketing da exchange como um meio de trazer mais mulheres para o mercado de ativos digitais, de acordo com comunicado da empresa compartilhado com o Decrypt.

Mas a ideia foi classificada como “sexista” por Barbara Mahe, cofundadora da NFT Factory, de Paris. E o meme “Imagine o cheiro”, em referência ao perfume criado para capturar a essência da negociação de criptomoedas, viralizou nas redes sociais. Ao Decrypt, Rachel Conlan, diretora de marketing da Binance, rebateu os argumentos de que a escolha de um perfume como tema da campanha reforce estereótipos de gênero.