Manhã Cripto: Bitcoin e Ethereum estacionam após ETFs movimentarem US$ 4,6 bilhões na estreia

A SEC aprovou 11 ETFs de Bitcoin à vista, mas o ETF da gestora brasileira Hashdex ainda aguarda revisão para iniciar as negociações 
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Foto: Shutterstock

As maiores criptomoedas fazem uma pausa nesta sexta-feira (12) depois da euforia que marcou a estreia dos ETFs que investem diretamente em Bitcoin nos EUA, com US$ 4,6 bilhões em volume negociado. 

Na renda variável, investidores seguem otimistas sobre cortes de juros, mesmo com dados da inflação ao consumidor americano acima do esperado. O petróleo sobe em meio à crescente tensão no Oriente Médio. 

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Após encostar em US$ 49 mil, o Bitcoin recua 0,6% em 24 horas, para US$ 45.967,79, segundo dados do Coingecko.    

Em reais, o BTC tem baixa de 1,4%, negociado a R$ 225.556,37, de acordo com o Índice do Preço do Bitcoin (IPB).   

Ethereum (ETH) mostra pouca variação, cotado a US$ 2.616,73.  

As principais altcoins operam entre perdas e ganhos, com destaque para BNB (-1,6%), XRP (-0,9%), Solana (-2,3%), Cardano (-0,3%), Dogecoin (-0,2%), TRON (+0,5%), Chainlink (-2,5%), Avalanche (-0,1%), Polkadot (-3,6%), Polygon (0,3%) e Shiba Inu (-1,2%).  

Bitcoin hoje 

Dez fundos negociados em bolsa (ETFs) com exposição direta ao Bitcoin estrearam com pompa no mercado americano na quinta-feira (11) e surpreenderam pelo volume negociado. 

A negociação de nove ETFs e do fundo de Bitcoin convertido da Grayscale Investments, com US$ 28 bilhões em ativos, ultrapassou US$ 4 bilhões na Bolsa de Valores de Nova York, Nasdaq e Cboe, um dia depois de receberem o sinal verde da reguladora SEC. Desse total, a Grayscale respondeu por US$ 2,3 bilhões e a BlackRock, por US$ 1 bilhão. 

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A SEC aprovou 11 ETFs de Bitcoin à vista no total. Mas, de acordo com o Wall Street Journal, o ETF da gestora brasileira Hashdex ainda aguarda a revisão da documentação pela SEC para iniciar as negociações.  

Ao contrário de outras gestoras, a Hashdex solicitou a conversão de seu fundo de futuros de Bitcoin em um ETF de BTC spot. A SEC ainda não efetivou o registro do formulário S-1 da Hashdex. Com isso, o fundo da gestora ainda está sendo negociado como um ETF de futuros de BTC sob o ticker DEFI. 

Nem por isso a empresa desistiu de comemorar o feito com um evento no bar temático de Bitcoin PubKey em Nova York, relatou o jornal. 

Cathie Wood, cuja gestora Ark Invest teve um ETF spot aprovado pela SEC em parceria com a 21Shares, também comemorou o lançamento do produto no mercado americano. Sempre otimista, Wood disse em entrevista à CNBC que o Bitcoin vai valer US$ 1,5 milhão até 2030. 

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Primeiras barreiras aos ETFs 

Nem tudo foi motivo de comemoração na quinta-feira. 

Em meio a protestos de alguns clientes, a gigante da gestão de ativos Vanguard disse que não vai oferecer os novos ETFs de Bitcoin à vista em sua plataforma de corretagem. 

“Nossa perspectiva é que esses produtos não se alinham com nossa oferta focada em classes de ativos como ações, títulos e dinheiro, que a Vanguard vê como os alicerces de um portfólio de investimentos bem equilibrado e de longo prazo”, disse a empresa em comunicado compartilhado pelo Wall Street Journal. 

Citigroup e UBS negaram rumores de que também vão barrar a negociação dos novos ETFs, conforme o CoinDesk, enquanto a plataforma Robinhood cumpriu a promessa e já listou os 11 ETFs aprovados. 

Outros destaques das criptomoedas 

Advogados do cofundador da Terraform Labs, Do Kwon, pediram a um tribunal dos EUA que adie seu julgamento no processo movido pela SEC, de acordo com documento divulgado pela Inner City Press. “Parece agora que o Sr. Kwon provavelmente não será extraditado antes de fevereiro ou março”, dizia carta. “[Um] adiamento até meados de março proporcionaria uma possibilidade realista para o Sr. Kwon participar”, diz o documento. 

Em dezembro, o tribunal de apelações de Montenegro cancelou a extradição aprovada de Kwon para a Coreia do Sul e os EUA. O julgamento do ex-CEO e da Terraform Labs está agendado para 29 de janeiro. 

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Alguns ex-clientes da extinta FTX Trading pressionam um juiz dos EUA para mudar a forma como serão reembolsados. O argumento é que, com as regras propostas, os credores não receberão um valor justo, já que o cálculo não considera a valorização do Bitcoin e de outras moedas digitais nos últimos 12 meses, segundo a Bloomberg

Mais de 80 clientes enviaram cartas criticando um plano para fixar o valor de seus criptoativos até a data em que a FTX pediu recuperação judicial, ou seja, 11 de novembro de 2022, e pagar os créditos em dólares em vez de devolver as criptomoedas.