O Bitcoin (BTC) abre a segunda-feira (29) com a sua melhor cotação em seis semanas, muito perto de ultrapassar a barreira de US$ 70 mil e voltar a se aproximar do seu recorde de preço de US$ 73 mil, alcançado em março.
Em alta de 3% no dia, o BTC é negociado nesta manhã a US$ 69.688, segundo dados do CoinGecko. Em reais, o ativo sobe 2,4%, para R$ 393.537, de acordo com o Índice de Preço do Bitcoin (IPB). Esse é o preço mais alto que o Bitcoin já registrou no Brasil, após renovar a máxima histórica frente ao real na última sexta-feira.
No sábado (27), a criptomoeda foi fortemente endossada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, durante o seu discurso na Bitcoin Conference 2024, o maior evento focado em Bitcoin do mundo.
O atual candidato Republicano disse que, se eleito nas eleições presidenciais de novembro, o governo dos EUA manterá em caixa 100% de todo Bitcoin apreendido no país ou que possa ser adquirido no futuro — embora ele não tenha feito qualquer promessa de seu governo comprar Bitcoin para manter em reserva estratégica, como muitos entusiastas esperavam.
Trump também prometeu criar o cargo de Conselheiro para Cripto e Bitcoin. O líder do cargo será responsável por entregar no prazo de 100 dias um marco regulatório, que Trump prometeu que será feito por pessoas que “amam a indústria cripto e não por pessoas que querem causar danos à indústria”.
“Eu quero que o Bitcoin seja minerado e feito nos Estados Unidos”, acrescentou Trump, dizendo que quer fazer os EUA ter, ao fim do seu mandato, o menor custo de energia do mundo.
No discurso, Trump ainda prometeu não permitir a criação de uma Moeda Digital de Banco Central (CBDC), comutar a pena de Ross Ulbricht — criador do mercado online clandestino Silk Road —, e demitir Gary Gensler, o atual presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
Como já era esperado desde a semana passada, as declarações de Trump tiveram um efeito positivo no mercado cripto. Agora, o que pode fortalecer ainda mais as criptomoedas é o sinal de enfraquecimento da inflação nos EUA, que deve permitir ao Federal Reserve cortar as taxas de juros em setembro, levando os investidores a buscar ativos de risco, incluindo criptomoedas.
O Departamento de Comércio dos EUA informou na sexta-feira que os gastos dos consumidores desaceleraram ligeiramente no mês passado, segundo o Decrypt. A diminuição das pressões sobre os preços e um mercado de trabalho em arrefecimento podem fortalecer a confiança do Fed de que a inflação está tendendo para a meta de 2%.
A próxima reunião de política do Fed está marcada para esta terça e quarta-feira (31). No entanto, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME, há uma chance de 95,5% de não haver cortes de juros este mês. A probabilidade de um corte de 25 pontos-base em setembro, porém, está acima de 85%, com 14% indicando a possibilidade de um corte ainda maior.
- Quer investir em criptomoedas selecionadas por especialistas de forma 100% automatizada? Conheça a Cesta Inteligente! Você escolhe o portfólio que faz sentido para você, o valor que quer investir e o MB faz as negociações.