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O Bitcoin intensifica a correção de preço iniciada na quarta-feira (18) e caminha para fechar a semana abaixo do importante nível de US$ 100 mil, conquistado pela primeira vez no início do mês. Nesta sexta (20), a criptomoeda líder do mercado cai 7,3%, sendo negociada a US$ 94.523. 

A queda do Bitcoin coincide com a maior retirada já registrada nos 11 ETFs à vista da criptomoeda lançados este ano nos EUA. Na quinta-feira (19), os produtos acumularam um recorde de saídas líquidas de US$ 680 milhões, interrompendo uma sequência de 15 dias consecutivos de entradas.

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Dados da plataforma Sosovalue mostram que o produto da Fidelity, o FBTC, liderou as saídas no dia, com US$ 208 milhões. Em seguida, apareceram os fundos da Grayscale (-US$ 188 milhões) e da Ark & 21Shares (-US$ 108 milhões). Já o ETF mais popular, o IBIT da BlackRock, permaneceu estável, sem entradas ou saídas.

Após uma sequência impressionante de quebras de recordes, o Bitcoin interrompeu sua alta na quarta-feira, após o Federal Reserve reduzir a taxa de juros dos EUA em 25 pontos-base.

Embora cortes de juros geralmente favoreçam ativos de risco, como as criptomoedas, o mercado recuou após a indicação de que o banco central não planeja cortes agressivos em 2025. Além disso, o otimismo do mercado cripto foi afetado por uma declaração do presidente do Fed, Jerome Powell, que confirmou que a instituição não está autorizada a possuir Bitcoin.

“O Federal Reserve Act determina o que podemos possuir, e não estamos buscando uma mudança na lei. Esse tipo de coisa cabe ao Congresso considerar, mas não estamos procurando uma mudança legal no Fed”, afirmou Powell em coletiva de imprensa.

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Altcoins em forte queda

Além do Bitcoin, praticamente todas as criptomoedas do top 100 estão no vermelho nesta sexta-feira. Entre as mais populares, Ethereum (ETH), XRP e Solana (SOL) acumulam quedas de 12% a 13% nesta manhã. No entanto, a maior perda do dia vem da Dogecoin (DOGE), a memecoin mais famosa do mercado, que despenca mais de 20%, sendo negociada a US$ 0,28.

A queda do Ethereum também foi acompanhada pela retirada de US$ 60,5 milhões dos ETFs à vista da criptomoeda negociados nos EUA. Trata-se da primeira saída de fundos registrada desde 21 de novembro.

Apesar das quedas, uma notícia positiva veio na quinta-feira: a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) aprovou o lançamento dos primeiros ETFs que combinam Bitcoin e Ethereum.

A agência autorizou a Nasdaq a listar o ETF Hashdex Nasdaq Crypto Index US e a exchange Cboe BZX a listar o ETF Franklin Crypto Index.

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O analista sênior de ETFs da Bloomberg, Eric Balchunas, espera que os fundos sejam lançados em janeiro com uma divisão aproximada de 80% de Bitcoin e 20% de Ethereum, refletindo as atuais capitalizações de mercado.

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