Manhã Cripto: Bitcoin (BTC) segura os US$ 42 mil em semana de decisão de juros nos EUA

Com o Bitcoin novamente na casa dos US$ 42 mil, analistas ainda se dividem sobre a tendência da maior criptomoeda no curto prazo
moeda de bitcoin e bandeira dos eua

Foto: Shutterstock

As duas maiores criptomoedas são negociadas com pouca variação na manhã desta segunda-feira (29), em linha com a cautela de traders de ações. Com foco nas reuniões de política monetária nos EUA e Reino Unido nesta semana, investidores pisam no freio diante das crescentes tensões no Oriente Médio.

Bitcoin opera em baixa de 0,8% em 24 horas, cotado a US$ 42.265,70, segundo dados do Coingecko.   

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Em reais, o BTC cai 0,77%, negociado a R$ 209.484,93, de acordo com o Índice do Preço do Bitcoin (IPB). 

Ethereum (ETH) recua 0,8%, para US$ 2.275,58. 

As principais altcoins operam sem rumo definido, com destaque para BNB (+0,3%), XRP (-0,7%), Solana (-0,7%), Cardano (-1,8%), Dogecoin (0,0%), TRON (+0,6%), Chainlink (0,0%), Avalanche (-3,2%), Polkadot (+1,1%), Polygon (-2,1%) e Shiba Inu (-1,6%).

Bitcoin hoje

Com o Bitcoin novamente na casa dos US$ 42 mil, analistas ainda se dividem sobre a tendência da maior criptomoeda no curto prazo.

Um dos fatores que devem mexer com o mercado é o quarto halving do Bitcoin daqui a três meses, quando a oferta do token é reduzida pela metade.

De acordo com informações do MB Research, em 2012 o Bitcoin era avaliado em US$ 12,25 e chegou a atingir US$ 1.132,00 no pico do ciclo; em 2016, o BTC valia US$ 455,18 antes do halving e subiu para US$ 19.188 após o evento. Por fim, em 2020, o Bitcoin era cotado a US$ 8.755 e, no momento de pico pós-halving, alcançou a marca de US$ 69.000.

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No lado dos otimistas, a previsão é de que a moeda possa ultrapassar US$ 50 mil até o fim do primeiro trimestre.

Markus Thielen, fundador da 10x Research que previu corretamente a queda recente do Bitcoin para US$ 38 mil, agora recomenda observar níveis acima de US$ 43 mil para novas apostas compradas na maior criptomoeda, segundo nota a clientes compartilhada pelo CoinDesk.

No lado dos pessimistas estão o ex-CEO da BitMEX Arthur Hayes, que prevê uma queda do BTC para US$ 30 mil neste ano, e Chris Burniske, sócio da empresa de venture capital Placeholder.

Antes do comando da equipe de criptoativos da gestora Ark Invest, Burniske vê o preço caindo para a faixa de US$ 30 mil a US$ 36 mil e não ficaria surpreso se o Bitcoin testar a casa dos US$ 25 mil antes de buscar uma nova máxima.

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Apesar do cenário positivo no longo prazo, o analista destaca o cenário macro precário e desafios na inovação de produtos.

ETF de Bitcoin à vista em Hong Kong

A unidade de Hong Kong da Harvest Fund Management, uma grande gestora de ativos chinesa, teria apresentado um pedido para lançar um ETF de Bitcoin spot ao regulador financeiro local (SFC), segundo o The Block e a Tencent News.

O plano da Harvest seria estrear o primeiro fundo desse tipo da cidade após o feriado do Ano Novo Lunar, no início de fevereiro.

Analistas disseram ao CoinDesk que países da Ásia podem querer aproveitar o maior interesse de investidores por produtos com exposição direta ao Bitcoin e aprovar esses ETFs, mesmo que ainda não tenham legislação específica para regular o setor.

Além do mercado de ETFs, a Harvest estaria de olho no segmento de stablecoins, disseram pessoas a par do assunto à Bloomberg.

A Harvest Global Investments, braço internacional da Harvest Fund, a fintech RD Technologies e a Venture Smart Financial Holdings estão em contato com a Autoridade Monetária de Hong Kong para realizar testes com stablecoins (sandbox regulatórios), de acordo com as fontes.

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Outros destaques das criptomoedas

Nos EUA, o presidente da CFTC, a Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities, alertou para os supostos riscos decorrentes da recente aprovação de ETFs de Bitcoin à vista e voltou a pedir leis federais para regular a indústria de criptoativos. “As preocupações que tenho expressado publicamente durante quase seis anos em relação ao mercado à vista de commodities de ativos digitais só aumentaram”, disse Rostin Behnam em comentários preparados para um evento da American Bar Association na sexta-feira (26). “A necessidade de legislação federal sobre ativos digitais do mercado monetário nunca foi tão crítica e darei continuidade ao meu apelo por ação”, acrescentou.

A CFTC também chamou a atenção para golpes orquestrados com inteligência artificial, alguns dos quais prometem elevados retornos por meio de algoritmos de arbitragem cripto. “Com o crescimento do uso da IA na vida cotidiana, golpistas afirmam que ela pode gerar enormes retornos usando bots, algoritmos de sinais de trading, algoritmos de arbitragem de criptoativos e outras tecnologias assistidas por IA”, disse a agência em comunicado, acrescentando que influenciadores das redes sociais podem espalhar falsas promessas de lucro rápido. “Não acredite em golpistas. A tecnologia de IA não pode prever o futuro ou mudanças repentinas no mercado”, destacou a CFTC.

Atingido pela crise no setor de tokens não fungíveis (NFTs) em 2023, o marketplace OpenSea está de olho em aquisições e não descarta ser comprado por outra empresa. Em entrevista ao DL News, o CEO da plataforma de negociação de NFTs, Devin Finzer, disse que a empresa está aberta a acordos. “A resposta honesta é que adotamos uma abordagem bastante aberta”, afirmou o executivo. “Achamos que, se surgir a parceria certa, é algo que certamente deveríamos considerar.”

No seu auge, o OpenSea respondia por cerca de 90% do mercado de NFTs. Agora, o volume mensal de negociação encolheu para US$ 171 milhões, uma queda de 96% em relação a janeiro de 2022, de acordo com dados da Dune Analytics.