O preço do Bitcoin (BTC) permanece estagnado na faixa de US$ 58 mil, com suas tentativas de romper a barreira dos US$ 60 mil falhando desde a semana passada. A situação aumenta a pressão sobre a criptomoeda, que agora entra em um mês historicamente fraco.
Na manhã desta segunda-feira (2), o BTC é negociado a US$ 58.396, com alta de 1% no dia, mas com perdas na semana que chegam a 8,4%. Em reais, a criptomoeda sobe 0,4%, para R$ 330.521, segundo o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
Entre as 10 principais criptomoedas do mercado, todas acumulam perdas na semana, com Solana (-18%) e Dogecoin (-11,2%) sendo as mais atingidas. No entanto, no dia de hoje, a maioria dos ativos acompanha o Bitcoin, apresentando leves ganhos: Ethereum sobe 2%, alcançando US$ 2.524, seguido por Solana, que valoriza 1,1%. Já Dogecoin e Toncoin vão em sentido contrário, com quedas de 1,3% e 1,7%, respectivamente.
A queda nas captações dos ETFs de criptomoedas à vista negociados nos EUA reflete um mercado cripto em busca de consolidação. Na última sexta-feira, os ETFs de Bitcoin sofreram saídas líquidas de US$ 175 milhões, marcando o quarto dia consecutivo de retiradas.
Em meio a esse cenário, o IBIT da BlackRock registrou a primeira saída desde maio, o que acendeu alerta no mercado. Mas, segundo o analista Brett Singer da Glassnode, “não há muita preocupação aqui”. “Eles ainda tiveram um crescimento muito consistente e o valor retirado parece insignificante”, disse ele na última sexta.
Enquanto isso, os ETFs de Ethereum permaneceram estáveis, sem entradas ou saídas significativas. A expectativa é de que esta segunda-feira também seja tranquila para os mercados americanos, uma vez que as bolsas estarão fechadas em razão do Labor Day, o feriado do Dia do Trabalhador nos Estados Unidos.
O Bitcoin em setembro
Na visão de alguns analistas, a atual estagnação do Bitcoin está em linha com a tradicional sazonalidade de baixa observada em setembro. No entanto, apontam que um potencial corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve dos EUA poderiam ser um novo impulso para as criptomoedas.
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“Setembro é um mês historicamente negativo para o Bitcoin, com dados mostrando uma taxa média de desvalorização de 6,56%,” disse Innokenty Isers, da exchange Paybis, em um e-mail repercutido pelo CoinDesk. “Se o Fed cortar a taxa de juros em setembro, isso pode ajudar o Bitcoin a reescrever sua história negativa, já que cortes de juros geralmente levam a um fluxo excessivo de dólares na economia – fortalecendo ainda mais a visão do Bitcoin como uma reserva de valor.”
Os analistas da QCP Capital também reconheceram que a sazonalidade de setembro é baixista, com o Bitcoin caindo nos seis dos últimos sete setembros.
“Isso não parece muito drástico, especialmente após um agosto turbulento. Esperamos que o BTC encontre um forte suporte em torno de US$ 54 mil, que foi o nível de onde ele se recuperou em julho antes de atingir US$ 70 mil”, escrevem os analistas no Telegram.
Eles destacam que a divulgação dos dados de emprego nos EUA na quinta e sexta-feira merece a atenção dos investidores, mas não esperam grandes surpresas, “especialmente considerando que os dados macroeconômicos têm mostrado um impacto cada vez menor nos preços das criptomoedas nas últimas semanas.”
“Apesar do período de calmaria, ainda há fortes evidências de uma tendência estrutural de alta no médio prazo”, concluem.
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