Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) andam de lado, enquanto algumas altcoins aceleram o ritmo de ganhos na manhã desta terça-feira (29), em uma semana marcada por uma série de dados sobre o desempenho das maiores economias do mundo. Nesse contexto, as bolsas europeias avançam pelo segundo dia e os índices futuros de Nova York mostram pouca variação.
O Bitcoin (BTC) opera estável nas últimas 24 horas, cotado a US$ 25.944,64, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC recua 0,7%, para R$ 127.296,06, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) tem leve alta de 0,8%, cotado a US$ 1.645,41.
As taxas de execução de transações na rede Ethereum caíram para US$ 2,8 milhões no domingo (27), o menor nível desde 26 de dezembro, de acordo com dados da CryptoQuant.
A queda ocorre em meio à crescente popularidade de aplicativos desenvolvidos em soluções de segunda camada do Ethereum, como o Friends.tech, baseado na blockchain Base.
No entanto, até a febre em torno do aplicativo descentralizado parece estar baixando: as receitas diárias do novo app que permite a tokenização de contas do Twitter despencaram 95%.
Entre as altcoins, Shiba Inu sobe 2,2% após a reabertura de saques na nova versão da blockchain de segunda camada Shibarium.
Outros tokens acompanham a alta ou são negociados com estabilidade, entre eles BNB (+0,8%), XRP (+0,6%), Cardano (+1,3%), Dogecoin (+1,1%), Solana (+0,5%), Polkadot (+2,8%), Polygon (+0,8%) e Avalanche (+4,6%).
Pepecoin perde 3,8% nas últimas 24 horas e acumula queda de 22,8% em sete dias. Influencers redobram a aposta na memecoin, apesar do golpe que resultou no roubo de US$ 15 milhões em tokens PEPE.
Bitcoin hoje
O Bitcoin voltou a dormir, estagnado na casa dos US$ 26 mil, enquanto traders aguardam dados econômicos de peso e novidades sobre os pedidos de fundos de índice (ETFs) de Bitcoin à vista nos EUA. A SEC, a CVM dos EUA, tem até a próxima sexta-feira (1º de setembro) para responder a cinco pedidos.
O presidente do banco central americano, Jerome Powell, não quis dar pistas sobre o rumo dos juros durante a conferência em Jackson Hole no fim de semana, embora não tenha descartado mais altas. A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, foi pela mesma linha. Ambos enfatizaram a avaliação de dados para fundamentar as próximas reuniões de política monetária.
Nesta semana, o mercado fica atento aos relatórios de preços ao consumidor na zona do euro e mercado de trabalho nos EUA, entre outros números, que devem influenciar as decisões de Powell e Lagarde.
Em meio ao novo marasmo do Bitcoin, a provedora de serviços cripto Matrixport, com mais de US$ 3 bilhões sob gestão, recomenda a compra da maior criptomoeda, que já recuou cerca de 11% neste mês.
“Com um ‘stop loss’ apertado, estaríamos comprados em bitcoin, esperando rendimentos mais baixos dos Treasuries e um rali das ações de tecnologia dos EUA”, disse Markus Thielen, chefe de pesquisa e estratégia da gestora, em relatório publicado pelo CoinDesk nesta terça-feira. “Esperávamos uma correção de 10% até o final do verão (no hemisfério norte), o que tivemos, e com a abordagem apropriada de gestão de risco, traders podem tentar operar comprados novamente.”
De acordo com Thielen, investidores devem monitorar de perto o preço do Bitcoin para uma possível queda abaixo de US$ 25.800, o que ativaria a ordem automática para um “stop loss” na posição comprada.
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Binance avalia sair da Rússia
A Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, está reavaliando suas operações na Rússia, o que inclui a possibilidade de deixar totalmente esse mercado.
“Todas as opções estão sobre a mesa, incluindo uma saída total”, disse um porta-voz ao The Wall Street Journal.
Na semana passada, o WSJ informou que a Binance estaria ajudando russos a enviar dinheiro para o exterior, apesar de a empresa ter dito no ano passado que havia parado de operar no país e que estava implementando as regras impostas pelas sanções ocidentais, além de ter limitado as negociações em sua plataforma na Rússia. Após a publicação da reportagem, a Binance decidiu restringir as chamadas operações “peer-to-peer” envolvendo bancos russos sancionados.
Sob escrutínio de reguladores globais, inclusive da Bélgica, a Binance anunciou que seu braço na Polônia vai oferecer serviços a residentes belgas.
De acordo com a Binance, alguns usuários podem precisar enviar documentação de acordo com os requisitos “Know Your Customer”, ou conheça seu cliente, para a Polônia, e não para a Bélgica.
Testemunhas do caso FTX
Todas as testemunhas de defesa propostas pelo fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, deveriam ser desqualificadas para depor, porque seus documentos apresentados são insuficientes, suas experiências podem ser enganosas ou seus depoimentos podem não ser relevantes, disseram promotores em documento apresentado na segunda-feira (28).
A equipe de advogados de Bankman-Fried, por sua vez, quer excluir um especialista em análise financeira proposto pelo Departamento de Justiça dos EUA, porque seu depoimento proposto pode não ser permitido pelas regras.
O DoJ decidiu desconsiderar todos os sete especialistas propostos pela equipe de Bankman-Fried, dizendo que alguns documentos apresentados não detalhavam suas opiniões, enquanto outros “são assuntos inadequados para depoimentos de especialistas” ou possivelmente confusos para um possível júri.
Enquanto isso, SBF ainda tenta reverter a decisão que o levou de volta à cadeia para aguardar seu julgamento em outubro, e clientes da FTX foram novamente alvo de e-mails de “phishing” com falsas informações para saques de créditos bloqueados.
Outros destaques das criptomoedas
A SEC acusou um estúdio de podcasts com sede em Los Angeles de “conduzir uma oferta não registrada” de criptoativos, marcando a primeira ação da agência envolvendo um projeto de tokens não fungíveis (NFTs), segundo o The Block.
A Impact Theory levantou cerca de US$ 30 milhões com centenas de investidores, disse a SEC. A empresa é cofundada por Tom Bilyeu, apresentador de um programa e podcast no YouTube também chamado Impact Theory. O canal de Bilyeu no YouTube tem mais de 3,7 milhões de assinantes, e os convidados anteriores incluíram o ator Matthew McConaughey.
O Digital Currency Group (DCG) chegou a um acordo preliminar com os credores de sua plataforma de crédito cripto Genesis após o pedido de recuperação judicial da empresa, de acordo com documentos registrados nesta terça-feira, informou o CoinDesk, que também é controlado pelo conglomerado.
O plano poderia resultar na recuperação de 70% a 90% dos créditos em equivalentes em dólares para credores sem garantia e de 65% a 90% de recuperação em espécie, dependendo da denominação do ativo digital. Todas as recuperações estimadas estão sujeitas a preços de mercado e documentação definitiva. A Genesis suspendeu os saques em novembro do ano passado, após o colapso da FTX.
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