Manchester City encerra parceria com empresa de criptomoedas por desconfianças na operação

Dois meses após o Manchester City FC ter anunciado uma parceria com a empresa cripto, o clube cortou relações com a 3Key Technologies
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Foto: Shutterstock

Nos últimos meses, relatos circularam em torno da parceria do Manchester City com a desconhecida empresa cripto 3Key Technologies.

Em novembro, o jornal The Times noticiou que o Manchester City havia suspendido sua parceria com a empresa devido a questões relacionadas à identidade dos executivos seniores.

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3Key Technologies está alegadamente registradas nas Ilhas Seychelles, apesar de não haver prova de sua existência na base de dados de empresas da região.

Agora, o Daily Mail noticiou que o Manchester City encerrou completamente sua relação com a empresa cripto, novamente aludindo à ideia de que não se sabia quem eram os executivos seniores da empresa.

A curta relação com a 3Key Technologies não é a primeira investida do clube no setor das criptomoedas.

Times de futebol e as criptomoedas

Em março de 2021, Manchester City lançou seu fan token CITY em parceria com a Socios, uma plataforma de tokenização. O token afiliado ao time permite que fãs resgarem recompensas VIP e promoções do clube.

A ascensão de tokens de times de futebol também foi bem além do Manchester City.

Em dezembro, a BBC afirmou que mais de US$ 350 milhões foram gastos em fan tokens, conforme fundos variam entre a Premier League da Inglaterra (ou EPL, na sigla em inglês) e outras ligas de futebol pela Europa.

Por mais que esses números sejam grandes, fan tokens também se envolveram em controvérsias.

“Meu conhecimento sobre o mercado de criptomoedas é, no mínimo, vago e sou provavelmente um exemplo de um grande número de típicos apoiadores de futebol que não são traders no mercado cripto”, afirmou Sue Watson, fã do West Ham FC, à BBC.

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A Autoridade de Padrões de Propaganda do Reino Unido (ou ASA) também prestou atenção em fan tokens.

Em dezembro, a baniu os anúncios do token AFC do Arsenal, chamando-os de “irresponsáveis”.

De acordo com a ASA, as propagandas “trivializaram o investimento em criptoativos e obtinham vantagem da falta de experiência ou credulidade dos clientes”.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.