A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na segunda-feira (5) duas pessoas envolvidas na pirâmide financeira do “Príncipe do Bitcoin” apelido dado ao pastor evangélico Fabrício Vasconcelos Nogueira, suspeito de comandar o esquema que causou um prejuízo de pelo menos R$ 234 mil a 43 investidores.
As presas, uma mãe e sua filha, ficaram detidas após se apresentarem de forma espontânea na 134ª Delegacia de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Segundo informações do site NF Notícias, constava contra elas mandados de prisão preventiva emitidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Campos dos Goytacazes.
A denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), foi recebida na justiça no dia 11 de julho.
A quadrilha, desmascarada em outubro do ano passado com a Operação Príncipe do Bitcoin, prometia retorno financeiro de até 30% ao mês por meio de investimentos em criptomoedas. Segundo as investigações, os suspeitos agiam através da empresa A.C. Consultoria desde de 2016.
Um dos alvos da ação policial foi o pastor Fabrício, que atuava como trader, investindo no mercado financeiro e captando clientes. Conhecido na região de Campos dos Goytacazes, o Príncipe do Bitcoin trocava constantemente de carro e realizava viagens rotineiras, como forma de ostentar riqueza e atrair mais vítimas para o golpe. Seu comparsa, Gilson Ramos Vianna, foi preso em outubro do ano passado.
No mês passado, o MPRJ denunciou quatro pessoas envolvidas no esquema: Gilson André Braga dos Santos, Ana Claudia Carvalho Contildes, Gilson Ramos Vianna e Ana Paula Contildes.
Pirâmide do Príncipe do Bitcoin
Com a promessa de investimento em criptomoedas e retorno financeiro de 15% a 30% ao mês, a empresa inicialmente abria contas para os investidores e realizava as aplicações no mercado financeiro por meio das chamadas contas “copy”.
Como sugere o nome, é uma cópia de outra conta, que permitia aos criminosos realizarem investimentos, incluindo compras e vendas de ativos. Inicialmente, os juros dos investimentos eram pagos, de modo a gerar confiança no trabalho desenvolvido pela A.C. Consultoria.
Após a celebração de diversos contratos, a empresa emitiu uma nota oficial comunicando que todos os contratos seriam rescindidos e os valores referentes aos mesmos seriam pagos em um prazo de 90 dias (a partir de 01 de dezembro de 2021, data da “Nota Oficial”), o que não foi cumprido.
Investigações do MPRJ também revelaram que uma outra empresa, a Gayky Cursos Ltda, foi criada pelos mesmos criminosos para dar continuidade ao esquema.
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