Laboratório do BC inicia execução dos projetos selecionados para criação do Real Digital

Propostas selecionadas pelo Lift Challenge vão ajudar a viabilizar criação da CBDC brasileira
Dedo indicador apoia bolo de dinheiro em forma digital

Foto: Shutterstock

O LIFT (Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas), projeto colaborativo do Banco Central do Brasil (BC) voltado para estudos sobre o Real Digital, a stablecoin brasileira do tipo CBDC (Moeda Digital de Banco Central, na sigla em português), deu início nesta semana à execução dos projetos selecionados no ‘Lift Challenge Real Digital’, diz uma nota publicada pela entidade na quinta-feira (08).

De acordo com a iniciativa do BC, nove das 43 propostas, apresentadas tanto por brasileiros quanto estrangeiros, foram selecionadas para acompanhamento através do LIFT Challenge. Participaram equipes da Alemanha, Estados Unidos, Israel, México, Portugal, Reino Unido e Suécia.

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Os projetos de aplicações foram os mais variados, cobrindo o universo proposto na chamada dos trabalhos — Finanças Descentralizadas (DeFi), com AAVE, aplicações de entrega contra pagamento (DvP), com Santander e Itaú, e Internet das Coisas (IoT) com Tecban, são alguns deles, afirma a iniciativa.

“Com os testes que faremos no LIFT Challenge, várias questões serão esclarecidas, muitas sobre os usos da tecnologia do Real Digital, mas principalmente sobre as especificações tecnológicas da plataforma que servirá de suporte para as fases seguintes da iniciativa”, disse Fabio Araujo, coordenador da Iniciativa do Real Digital.

Para André Siqueira, chefe de TI do BC, o ecossistema LIFT é um importante componente no impulso à adoção de novas tecnologias e no desenvolvimento de novos e melhores serviços financeiros para a sociedade brasileira”.

Projetos selecionados

Quanto às empresas de criptomoedas selecionadas, Mercado Bitcoin se associou à Fundação CPQD e à Bitrust para trazer um caso de uso de DvP de ativos nativamente digitais, com foco em criptoativos.

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A proposta, explica o BC, complementa as propostas do Santander e da Febraban, contribuindo com o leque de opções de potenciais ativos a serem negociados em uma plataforma baseada no Real Digital: ativos reais, ativos financeiros e criptoativos.

Quanto à proposta apresentada pela Giesecke + Devrient, acrescenta a nota, a empresa, que tem experiência no desenvolvimento e produção de tecnologias criptográficas voltadas a pagamentos, trata de pagamentos dual offline (pagador e recebedor sem acesso à rede).

A nota descreve também que a associação Vert e Digital Asset trata de financiamento rural baseado em um ativo tokenizado programável com valor atrelado ao do real (stablecoin do real);

A Visa traz uma proposta que busca demonstrar como uma plataforma de DeFi regulamentada pode ser projetada para permitir que PMEs brasileiras interajam com o mercado financeiro global.

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Ainda sobre o LIFT Challenge – Real Digital, o BC descreve a iniciativa como um ambiente colaborativo, realizado pela Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac), em parceria com o Banco Central.

“A iniciativa visa a identificar as características fundamentais de uma infraestrutura para o Real Digital. Essa infraestrutura poderá dar suporte aos casos de usos apresentados que estejam maduros e que tragam valor para a sociedade brasileira”, concluiu.

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