Justiça manda prender diretores da Avestruz Master, pirâmide que causou prejuízo de R$ 1 bilhão

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Foto: Shutterstock

A polícia de Goiânia (GO) prendeu os ex-diretores da Avestruz Master, uma pirâmide financeira que entre 2003 e 2005 lesou cerca de 50 mil pessoas em todo o Brasil. Segundo o Ministério Público Federal, o prejuízo é superior a R$ 1 bilhão.

As prisões começaram a ser executadas na semana passada por determinação do juiz federal Rafael Ângelo Slomp. Segundo o G1, o grupo vinha ganhando tempo com recursos da defesa desde a ocasião da condenação em primeira instância, que foi em 2010. Eles foram condenados por “crime contra o Sistema Financeiro Nacional”.

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Os presos são os ex-diretores da empresa, Patrícia Áurea da Silva Maciel, e seu marido Emerson Ramos Correa, detidos na segunda-feira (16), na Bahia, e o ex-diretor comercial, Jerson Maciel da Silva Júnior, preso em Goiânia no dia 13 de setembro. A determinação partiu da Justiça Federal daquela jurisdição.

Pirâmide da avestruz master

Na época, a pirâmide teve forte atuação no mercado de capitais sob a promessa de lucros em curto prazo.

De acordo com a reportagem, o negócio, que era de investimento na criação de avestruzes, se encerrou deixando milhares de investidores sem receber. Só em Goiás, cerca de 30 mil investidores ficaram no prejuízo.

De acordo com o G1, a avestruz master prometia vender os filhotes das aves, abatê-los quando estivessem adultos e comercializar a carne depois. A promessa era de que o negócios daria altos lucros, fora os 10% ao mês até o abate.

A queda do negócio começou em 2005. Conforme a reportagem, uma investigação apontou várias irregularidades e, dentre elas, a venda de aves que não existiam — “emissão de títulos de investimento fraudulentos”, descreveu a reportagem.

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Após a denúncia, a empresa foi fechada e ninguém recebeu mais nada. No ano seguinte, a Justiça decretou a falência do grupo.

As condenações

O processo corre na 11ª Vara da Justiça Federal de Goiânia. A princípio, as penas somadas dos três ex-diretores perfazia mais de 38 anos de prisão.

Após recursos, Patrícia e Jerson vão cumprir 6 anos de prisão e 120 dias-multa; Emerson 5 anos e 36 dias-multa.


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