A Justiça do Distrito Federal de Territórios extinguiu uma ação contra Marlon Gonzalez Motta, o “Playboy do Bitcoin”, pelo fato da ação ter apresentado pedidos contraditórios. Mesmo após a Justiça ter intimado o autor do processo para corrigir a petição nada foi feito.
De acordo com a decisão da juíza Grace Correa Pereira Maia, da 9ª Vara Cível de Brasília, a autora da ação após ter visualizado a decisão da Justiça para emendar a petição inicial, deixou de cumprir a ordem judicial.
A juíza mencionou que a pessoa tomou conhecimento da ordem e decidiu deixar de atender o que levou a Justiça a não ter outra opção senão extinguir a ação sem decidir o mérito, ou seja, sem afirmar quem é que tem razão na discussão.
“Destarte, e em simples consulta ao sistema do PJe, verifico que o sistema registrou ciência da decisão de emenda à inicial em 13/03/2020. Por conseguinte, o prazo fatal para a sua manifestação, transcorrido in albis, foi registrado pelo PJe para a data de 20/05/2020”, afirmou a magistrada.
A ação foi promovida não só contra o empresário que ficou famoso por suspeitas de golpes usando bitcoins. Estavam também como rés, as empresas BMBC Consultoria em investimentos Ltda, M3Private Consultoria Empresarial e a Treinamento e Participações Eireli.
Pela sentença não há como saber qual era o motivo do processo e nem o valor atribuído à causa. A decisão também não especificou quais foram os pedidos contraditórios da autora da ação.
Playboy do Bitcoin
Marlon Gonzalez Motta que tem sido investigado pela Justiça do Distrito Federal por estelionato com uso de criptomoedas no início deste mês de maio afirmou que é inocente e que poderia provar.
Gonzalez ficou famoso no ano passado quando teria criado um esquema para enganar investidores de criptomoedas. A situação toda veio à tona em meio a ostentação e luxo nas redes sociais.
Segundo o jovem empresário,a área de investimentos foi trocada pela de tecnologia e hoje ele vive escoltado, de carro blindado para sua segurança.
Gonzalez chegou até mesmo a ser sequestrado e espancado por dois clientes no ano passado que teriam sido enganados pelo jovem que ficou conhecido como o “playboy do bitcoin”.
Ele teria desfalcado investidores de bitcoin em pelo menos R$ 3 milhões com falsas promessas. O caso também envolveu policiais que acabaram presos.
Sua fama foi longe depois de ter aplicados golpes em jovens da alta classe que ele geralmente abordava em festas. Um deles chegou até mesmo levar o caso à Justiça, mas não houve qualquer efeito.
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