Congelamento
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Um tribunal de falências dos EUA aprovou nesta segunda-feira (21) um pedido da quebrada empresa de empréstimos de criptomoedas Celsius para estabelecer um prazo para seus clientes apresentarem provas de posse de ativos congelados pela companhia, no processo de recuperação judicial em andamento.

“O Tribunal de Falências aprovou a nossa moção para uma data limite, que é o prazo para todos os clientes apresentarem uma reivindicação. A data final foi definida para 3 de janeiro de 2023”, escreveu a Celsius em um post no Twitter no domingo.

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De acordo com a Celsius, a empresa afirma que o agente Stretto notificará os clientes sobre a data limite e seus próximos passos por e-mail, ou correio físico para os clientes com um endereço registrado.

Além disso, os clientes devem receber uma notificação no aplicativo da Celsius.

Tribunal também listou várias categorias para as quais os clientes não precisarão apresentar uma prova de reivindicação.

Elas incluem os clientes cujas reclamações não estão previstas como “contestadas”, “contingentes” ou “não liquidadas”, bem como os casos em que o requerente não discorda do montante, natureza e prioridade da reclamação.

A queda da Celsius

A Celsius tornou-se uma das primeiras grandes credoras de criptoativos a congelar as retiradas dos usuários após o crash do mercado cripto em junho deste ano após o colapso do projeto Terra. Após semanas de silêncio, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial, revelando um rombo de US$ 1,2 bilhões no seu balanço.

O CEO da Celsius, Alex Mashinsky, que teria sido responsável por uma série de maus negócios no início de 2022, se demitiu em setembro. Mashinsky alegadamente retirou até US$ 10 milhões da conta da empresa em maio de 2022, várias semanas antes de a empresa interromper as retiradas.

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Em setembro, o Departamento de Regulamentação Financeira de Vermont alegou que a Celsius estava secretamente insolvente desde 2019 e que o CEO havia feito declarações falsas e enganosas para exagerar a saúde financeira da empresa.

A empresa também enfrenta alegações de execução de um esquema Ponzi, com o juiz Martin Glenn, do Tribunal de Falências dos EUA pedindo ao examinador nomeado pelo Tribunal e ao Comitê Oficial dos credores da Celsius que decidam quem conduzirá uma investigação sobre a utilização do dinheiro dos clientes pela empresa.

Na ocasião, Greg Pesce, advogado do Comitê de Credores, disse ao Wall Street Journal que, “não sabemos se a Celsius era um esquema Ponzi, mas há sinais que mostram que sim”, acrescentando que a investigação está “analisando se realmente é isso.”

O escopo ampliado da investigação sobre as operações da Celsius agora também inclui as práticas de marketing da empresa e as representações feitas para receber novos clientes, bem como a gestão do CEL, o token nativo da plataforma.

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A próxima audiência no caso Celsius está marcada para 5 de dezembro.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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