O juiz federal Marcio Carvalho, do TRF-2, determinou o “sequestro de bens equivalentes à vantagem indevida supostamente obtida” por 11 ex-executivos da Americanas, e na lista de bens estão incluídas até eventuais criptomoedas que eles possam ter.
As informações são do jornalista Lauro Jardim, do Jornal O Globo, que afirma ainda que o sequestro de bens inclui também todas as contas correntes e aplicações financeiras de qualquer tipo, veículos — incluindo aeronaves e embarcações — e imóveis.
Vale lembrar que no caso das criptomoedas, pode ocorrer o bloqueio de contas em exchanges nacionais e que operem seguindo as regras do Banco Central e Receita Federal, como algumas das maiores do país, caso de Mercado Bitcoin e Foxbit.
Caso os suspeitos tenham criptos em carteiras privadas e não faça operações nessas corretoras, será difícil que os órgãos consigam acompanhar qualquer tipo de movimentação.
As polêmicas da Americanas
Os ex-executivos da Americanas são acusados do crime de insider trading e de realizarem um esquema de mascarar as finanças da empresa para esconderem os rombos nas contas e fazerem parecer que a companhia era saudável.
Segundo a Polícia Federal, esses antigos executivos, ao verem que o mercado iria descobrir o esquema após a chegada de Sérgio Rial para assumir o cargo de CEO em agosto de 2022, começaram a realizar “vendas milionárias de ações, antecipando-se ao fato relevante que geraria o derretimento do preço das ações em janeiro de 2023”.
No total, estão bloqueados R$ 520,4 milhões, sendo a maior parte do ex-CEO Miguel Gutiererez, que tem bens bloqueados até o limite de R$ 317,1 milhões. A lista ainda tem nomes como Ana Saicali (R$ 115,6 milhões), Timotheo de Barros (R$ 40,4 milhões), Marcio Cruz (R$ 11,1 milhões) e Fabio Abrate (R$ 11,6 milhões), entre outros.
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