Na semana passada, o jogo de tiro em primeira pessoa “Mini Royale: Nations” se tornou o primeiro jogo multiplayer executado no Solana após o lançamento de seus primeiros itens internos na forma de tokens não fungíveis (ou NFTs, na sigla em inglês).
Agora, a desenvolvedora Faraway atingiu um novo marco, duplicando o número de jogadores ativos desde novembro.
Agora, Mini Royale: Nations acumula mais de dois milhões de jogadores registrados, incluindo mais de 600 mil usuários mensais ativos (ou MAU).
Esse é mais do que o dobro da marca anterior de MAU que o cofundador da Faraway Alex Paley havia compartilhado com o Decrypt no início de novembro.
O jogo de tiro disponível para navegador já está disponível há meses como um jogo multiplayer on-line e gratuito sem qualquer tipo de integração de blockchain.
No entanto, conforme planejado, Faraway lançou uma série de 10 mil itens de jogo vendidos como NFTs Solana em 9 de dezembro e, em seguida, ativados no jogo em 16 de dezembro.
Pioneiro na Solana
Conforme mencionado, Mini Royale: Nations é o primeiro jogo on-line operado no blockchan Solana e a apresentar ação multiplayer simultânea e ao vivo.
Um NFT atua como um contrato de governança de um item digital – neste caso, um avatar exclusivo de um jogo que qualquer holder pode utilizar.
De acordo com Faraway, a venda de NFTs, que aconteceu no Magic Eden, o mercado do Solana, integrou US$ 1,3 milhão e esgotou em 30 segundos.
Donos que usarem seu NFT na primeira temporada do jogo irão receber benefícios, incluindo o futuro token CHEDDAR. A temporada intitulada “Vikings in the Miniverse” começa esta semana.
Mini Royale se afasta do modelo “play-to-earn”
Embora o jogo possua colecionáveis NFT completamente opcionais, Paley contou ao Decrypt que sua equipe evitou divulgar o jogo com foco em NFTs e não o promove como um jogo play-to-earn.
É um contraste gritante ao Axie Infinity, desenvolvido na Ethereum, que se tornou um fenômeno, com mais de US$ 3,7 bilhões de volume negociado até hoje.
Mas também surge em meio a represálias a grandes criadores de jogos, como Ubisoft e GSC Game World, conforme anunciam seus respectivos planos NFT.
Paley contou ao Decrypt que Faraway está focando em apresentar conceitos como “economias abertas” e “verdadeira governança” ao promover seus NFTs e elementos de tokens.
“Nosso posicionamento é que temos o objetivo de tornar jogos hiperssociais com economias fomentadas por jogadores e que o blockchain é uma ferramenta para possibilitar essas economias abertas”, disse Paley.
“Essa narrativa ressoou por todos os lugares – [entre] jogadores e usuários cripto parecidos.”
“Acredito que jogos que focaram muito na narrativa ‘play-to-earn’ ou ‘ai, meu Deus, NFTs!’ tiveram uma reação alérgica dos ‘verdadeiros jogadores’, então tomamos cuidado para evitar isso”, acrescentou.
Faraway anunciou uma rodada de US$ 30 milhões em novembro. Foi o primeiro investimento de um fundo de coinvestimentos de jogos Web 3 de US$ 100 milhões, criado por Lightspeed Venture Partners, a corretora de criptomoedas FTX e Solana Ventures.
A rodada também contou com a participação de Andreessen-Horowitz (a16z), Jump Capital, Sequoia Capital e Pantera Capital.
Na semana passada, Solana Ventures anunciou um fundo distinto de investimento de US$ 150 milhões com foco em projetos de jogos desenvolvidos no Solana, criado em parceria com Forte e Griffin Gaming Partners.
*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.