O Banco Central do Irã (CBI) passou a permitir o pagamento de importações com criptomoedas extraídas no país, ou seja, provenientes da mineração de empresas reguladas pelo governo. O novo meio de pagamento transfronteiriço vale a partir de agora para os bancos e as casas de câmbios iranianas, afirmou o site Financial Tribune no sábado (24).
De acordo com a publicação, as empresas dos dois setores já foram notificadas sobre a nova estrutura regulatória para o novo meio de transferência. A emenda, disse o site, significa que essas instituições agora poderão pagar por bens e serviços de outros países e desta forma contornar as sanções econômicas impostas pelos EUA.
Ao repercutir a notícia, o Coindesk relembrou que anteriormente o CBI havia decidido que apenas a instituição poderia realizar tal operação. Ao comentar o assunto, o Cointelegraph fez analogia a um relatório de 2018 feito por um grupo de especialistas do Centro de Pesquisa da Assembleia Legislativa Islâmica.
“Na verdade, a estratégia parece ter sido elaborada há vários anos”, observou o site, acrescentando um trecho do documento: ‘De acordo com os especialistas, uma forma de evitar os efeitos adversos das sanções injustas é usar criptomoedas para o comércio exterior’.
Esse discurso, no entanto, foi repetido no mês passado, quando o Centro de Estudos Estratégicos do Irã (CSS), órgão que funciona como uma espécie de conselheiro econômico do país, publicou um relatório que sugere ao governo a adesão ao setor de criptomoedas tanto para gerar receita quanto para contornar sanções internacionais.
No documento, o CSS afirmou que a mineração de criptomoedas pode trazer benefícios econômicos para diversos setores da economia do país, além da possibilidade de transformar petróleo e gás em bitcoins.