Eric Piscini, ex-chefe de blockchain da multinacional de consultoria Deloitte, alertou as empresas a investirem na tecnologia blockchain agora ou pagarão um preço muito alto mais tarde, segundo publicação do instituto britânico Cips nesta quarta-feira (05).
Piscini, que agora ocupa o cargo de CEO na startup de blockchain ‘Citizens Reserve’, disse que a tecnologia está atingindo um ponto crítico e que agora é a hora da disrupção, principalmente nas empresas de cadeia de suprimentos.
O diretor frisou que se uma empresa hoje não faz nada em blockchain, ela pode acabar pagando muito dinheiro para fazer isso no futuro, ou será substituída por aquelas já modernizadas.
Ele comparou o atual momento com o início da internet:
“Se você comparar a tecnologia blockchain ao tempo de vida da internet, estamos em 1995 agora. As pessoas gostam, mas enquanto você tem grandes empresas começando a se familiarizar com isso, como a Amazon fez com a internet, outras estão dizendo: ‘Isso não vai funcionar, ninguém vai aceitar isso’”, disse Piscini.
Ele também prevê que, assim como a Amazon, que existe exclusivamente por causa da internet, a tecnologia Blockchain não apenas mudará os negócios, mas dará origem a modelos de negócios totalmente novos.
Um dos benefícios concretos para as empresas adotarem a nova tecnologia, de acordo com Piscini, seria acabar com a demora de registros, além de tornar mais fácil e rápida a visualização em tempo real do que está acontecendo com sua cadeia de fornecimento.
“Quando compradores e fornecedores têm sistemas separados de registros, eles são forçados a reconciliar esses dois bancos de dados, e isso gasta muito tempo e energia”, disse ele.
O blockchain, embora não seja amplamente utilizado no setor de compras, existe há vários anos no espaço de criptomoedas, disse Piscini, e muitos que ainda não estão ativos “acham que, por não terem conseguido a primeira onda de avanço, perderam a tecnologia de vez”.
O CEO também alertou para que as empresas não se sintam atrasadas pois, segundo ele, muitas pensam que a onda já passou, visto que a tecnologia subjacente do Bitcoin já é comentada há anos, mas que agora é que está começando.
“Eu diria a eles que não é tarde demais, especialmente no negócio da cadeia de suprimentos (supply chain), onde ainda estamos nos estágios iniciais do uso do blockchain”, concluiu.
China se destaca
Em junho deste ano, o presidente da China, Xi Jinping, considerou o blockchain como “a nova geração de Tecnologia da Informação” em um discurso em Pequim. Ele também pediu esforços para levar o país à liderança mundial em Ciência e Tecnologia.
O interesse pela tecnologia blockchain tem crescido bastante no âmbito mundial, mas a China, que é explicitamente contra as criptomoedas, tem chamado a atenção por suas recentes ações sobre o assunto.
Empresas chinesas têm acrescentado o termo ‘blockchain’ em seus nomes. Esse tipo de mudança cresceu incríveis 454%, um momento que pode ser comparado à febre ‘pontocom’ nos anos 90.
No ano passado, 555 empresas chinesas vincularam seus nomes ao termo ‘qukualian’, a palavra chinesa para blockchain e, de janeiro a julho deste ano, o número já era de 3.078.
A China está tão focada na tecnologia do Bitcoin que mobilizou seu Instituto de Pesquisa do Ministério da Indústria e da Informação (CCID) para analisar e emitir relatórios mensais sobre as redes blockchains mais relevantes em ‘fundamentos tecnológicos, aplicabilidade, usabilidade no mundo real e nível de inovação’.
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