Raees e Ameer Cajee, os irmãos por trás da plataforma cripto Africrypt, não foram vistos desde que os dois alegadamente fugiram com US$ 3,6 bilhões em bitcoin (BTC) em junho de 2021.
Em meio às recentes quedas nos mercados, fazendo com que a quantia roubada seja de US$ 2,9 bilhões atualmente, vítimas exigem que ações penais sejam tomadas.
“Estamos pressionando que os irmão sejam acusados por fraude, roubo e, possivelmente, lavagem de dinheiro”, afirmou Sean Pierce do Coast to Coast Special Investigations (representante de algumas das vítimas) em entrevista à Bloomberg.
“Podem receber de dez a quinze anos [de prisão] por [se tratar de] uma primeira ofensa”, explicou.
Pierce esclareceu que uma decisão final para avançar com a acusação ainda não foi tomada.
Rashaad Moosa, advogado da Africrypt, disse que a acusação seria difícil de ser realizada porque investidores assinaram acordos de transferir reclamações a uma empresa de Dubai chamada Pennython Project Management LLC.
A empresa de Dubai ofereceu pagamentos aos investidores e Mossa afirmou que os investidores não têm mais direito de obter juro algum.
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O roubo da Africrypt
Em junho do ano passado, cerca de 69 mil BTC em fundos de investidores sumiram da corretora, assim como os irmãos Cajee.
A Africrypt encerrou operações em abril de 2021 (quando o bitcoin estava chegando a uma alta de US$ 64 mil), citando uma “violação” em seus sistemas.
Investidores foram orientados a não informar o incidente às autoridades porque, alegadamente, isso dificultaria a recuperação dos fundos.
Logo em seguida, os dois irmãos teriam transferido os fundos, usando serviços de “mixing” de moedas para ofuscar a fonte dos fundos.
Ainda não se sabe a localização dos Cajee. No início da saga, especulações sugeriram que eles haviam fugido para o Reino Unido.
*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.