Um russo de 34 anos foi condenado a três anos de prisão por ter roubado o equivalente a R$ 115 mil em equipamentos de mineração de criptomoedas que pertenciam a um amigo.
De acordo com um comunicado oficial das autoridades, o tribunal atendeu no início do mês a denúncia do Ministério Público de Yaroslavl, uma cidade ao norte de Moscou onde residem o acusado e a vítima.
O homem que não teve a sua identidade revelada, foi considerado culpado pelo crime de furto “em uma escala especialmente grande, com entrada ilegal em um armazém”, diz a nota.
Ele era investigado desde fevereiro quando entrou na garagem de um amigo e roubou todo o seu rig de mineração de criptomoedas. Logo após a vítima ter procurado as autoridades para reportar o roubo, o “amigo” ladrão confessou o crime e disse que estava arrependido, se comprometendo a colaborar com as investigações.
Ele acabou entregando voluntariamente todas as máquinas roubadas e admitiu que não conseguiu utilizá-las por falta de conhecimento técnico.
O sujeito não chegou a ser preso naquela época, mesmo admitindo durante as audiências que realmente tinha sido o responsável pelo crime. Agora que a sentença proferida pelo tribunal entrou em vigor, ele vai enfrentar três anos de prisão.
Mineração na Rússia
A energia barata de hidrelétricas e o clima frio torna a Rússia um território atrativo para a mineração de criptomoedas, tanto para os caseiros quanto para as grandes mineradoras, como a chinesa The9.
Para escapar das restrições impostas pelo governo chinês, a mineradora alugou em julho um data center na Rússia com capacidade de hospedar mais de 33 mil equipamentos.
Ao mesmo tempo, a mineração ilegal também se intensificou no país. A Rosseti, empresa pública de energia elétrica da Rússia, teve no ano passado um prejuízo de R$ 32 milhões com o uso ilegal de eletricidade em mineração de criptomoedas.
Lá existe uma equipe à procura de fazendas ilegais de mineração que roubam eletricidade construindo redes de energia clandestinas e subterrâneas, e adulterando medidores.