A Justiça dos Estados Unidos condenou Gary James Harmon a 4 anos e três meses de prisão. Trata-se do homem que, em 2020, conseguiu acessar a carteira de criptomoedas do irmão que estava preso e tomar posse de 712 Bitcoins que estavam sob guarda da polícia dos EUA.
A decisão foi divulgada na quinta-feira (27) e o caso ganhou uma proporção cômica após o réu ter aparecido em uma banheira forrada de dólares, em uma foto anexada nos autos do processo.
A história teve início em 2020, quando Larry Harmon foi preso por lavagem de dinheiro usando criptomoedas com valor estimado em US$ 300 milhões na deep web. A polícia apreendeu com ele uma cold wallet da Trezor mas, sem a senha, não conseguiu acessar os fundos.
Enquanto Larry era julgado, seu irmão, Gary Harmon, acessou os fundos usando outra cold wallet, recriando a senha e o PIN exigidos – o mais provável é que o irmão tenha dito quais eram as palavras necessárias.
Com isso, Gary sacou então 712 Bitcoins, que na época valiam US$ 4,8 milhões. Os promotores nos Estados Unidos então classificaram a ação como roubo e obstrução de Justiça em processos de confisco.
Conforme mostra reportagem da Bloomberg, os promotores mostraram frustração ao verem a facilidade com que ele obteve acesso: “A conduta do réu é análoga a escavar silenciosamente um cofre de banco de um prédio vizinho e desviar todos os fundos, enquanto a lei estava tentando inutilmente destrancar a porta da frente do banco”.
Gary usou 69 Bitcoins como garantia em um empréstimo de US$ 1,2 milhão e gastou parte desse dinheiro para comprar um apartamento em Cleveland. Ele também apareceu em uma foto, guardada em seu celular, em uma banheira forrada de dólares.
No final, Gary se declarou culpado e devolveu 647,41 Bitcoin (BTC), 2,14 Ethereum (ETH), e 17 milhões de Dogecoin (DOGE) e outros ativos. No total, por conta da valorização das criptomoedas, o montante chegou em US$ 20 milhões.
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