Hackers exigem Bitcoin para não divulgar arquivos sobre o atentado de 11 de setembro

Imagem da matéria: Hackers exigem Bitcoin para não divulgar arquivos sobre o atentado de 11 de setembro

(Foto: Shutterstock)

Um grupo de hackers conhecido como The Dark Overlord afirmou ter roubado milhares de documentos de empresas de seguros ligados ao ataque de 11 de setembro no World Trade Center em 2001. Eles ameaçaram tornar os arquivos público, caso não seja pago uma quantia de bitcoin ainda não revelada.

De acordo com um tuíte publicado em 31 de dezembro, o grupo disse que os 18.000 arquivos secretos extraídos da Hiscox e da Lloyds, duas da maiores seguradoras do mundo, vão fornecer muitas respostas sobre a tragédia nas torres gêmeas e no pentágono.

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“Forneceremos muitas respostas sobre as conspirações do 9/11 por meio de nossos 18.000 documentos secretos vazados da @HiscoxComms e outros”, dizia o post, que foi apagado após a conta ser suspensa do Twitter.

Não há clareza em relação a quais tipos de arquivos o grupo roubou. No entanto, eles estão tentando aproveitar as teorias da conspiração em torno dos ataques de 11 de setembro, reportou o Motherboard nesta segunda-feira (31).

A Hiscox confirmou a violação em arquivos por meio de um porta-voz.

Eles disseram que os hackers conseguiram acessar os arquivos confidenciais de um escritório que assessorou a empresa e provavelmente têm em mãos informações privilegiadas sobre o processo relacionado ao ataque terrorista.

“O sistema da Hiscox não está conectado ao do escritório de advocacia e, portanto, não foi afetado por este incidente. Eles trabalharam para a Hiscox e outras seguradoras relacionadas em processos decorrentes dos acontecimentos de 11 de setembro. Acreditamos que informações relacionadas a isso foram roubadas durante essa violação”, disse o porta-voz ao site.

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A Lloyds, contudo, não se manifestou sobre o assunto.

Os hackers ameaçaram derrubar várias empresas. Eles estão chantageando as pessoas cujos detalhes aparecem nos autos. Exigem, também, o pagamento na criptomoeda para excluir nomes. Segundo a reportagem, existe uma carta com as exigências, provavelmente via email.

Para provar a posse dos arquivos, os cibercriminosos lançaram um link contendo 10 gigabites de documentos supostamente roubados, mas estavam criptografados.

Os primeiros alvos para as exigências foram vários escritórios de advocacia, a Federal Aviation Administration (FAA), que é a administração federal de aviação dos Estados Unidos e a Transportation Security Administration (TSA) agência nacional de segurança dos transportes.

Um trecho da suposta carta foi descrito pelo site.

“Pague essa merda! Se você continuar a nos ignorar, vamos liberar as chaves. Cada camada aberta tratá cada vez mais responsabilidades que cairão sobre você”.

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Casos de invasão hacker no Brasil

Em novembro do ano passado, uma loja de produtos para bebês de Campo Grande (MS) teve seu sistema de computadores invadido. Na ocasião, os cibercriminosos pediram pagamento em bitcoin para liberação da rede.

Em outubro do mesmo ano, hackers invadiram o sistema de uma empresa de contabilidade em Roraima e pediram resgate de R$ 4.800 em bitcoin.

Na época eles deixaram as seguintes mensagens, em inglês e espanhol, assim traduzidas: “Nós sentimos, mas seus arquivos foram criptografados”; “Não se preocupe, podemos ajudar a recuperar todos os seus arquivos”.

Outro caso que aconteceu no Brasil foi no mês de agosto, também em 2018, quando um hacker invadiu o sistema do hospital da Santa Casa do Pirajuí, no interior de São Paulo.

A instituição se recusou a pagar pelo resgate e acabou perdendo vários dados clínicos sobre os pacientes. Até programas usados em procedimentos médicos tiveram de ser reinstalados.

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