O deputado federal David Miranda (PSOL) recebeu ameaças após as revelações de conversas entre o ministro Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol feitas por Glenn Greenwald, jornalista do The Intercept Brasil e marido do parlamentar. Além de ser ameaçado de morte o criminoso cometeu uma tentativa de extorsão com bitcoin.
De acordo com uma reportagem do SBT, a ameaça foi por email e o autor usou o caso Marielle Franco, vereadora, também do PSOL, assassinada a tiros no Rio de Janeiro em março de 2018. Ele disse que não deixou nenhuma evidência forense do crime.
O parlamentar comunicou o fato na terça-feira (11). No teor das mensagens, Miranda recebeu ameaças de morte contra ele mesmo e contra a sua família. Inclusive, o autor avisou que iria matar sua mãe com um atirador de elite.
Ao final, veio, então, a tentativa de extorsão. O autor pediu US$ 10 mil em bitcoin (cerca de R$ 40 mil) para não fazer nada com as famílias de Miranda e Greenwald, indicando uma conta para a transferência da criptomoeda.
“Vocês têm até o final do mês de junho para o pagamento”, diz um trecho do email assinado por ‘Unidos do Realengo – Marcelo Valle’.
Comunicada, a Polícia Federal, comandada pelo próprio ex-juiz Moro, agora está protegendo a família.
Segundo Greenwald, seu caso se assemelha ao do ex-deputado Jean Wyllys, que decidiu sair do País por conta das ameaças, e que serve para quem ainda tem dúvida do porquê.
No Twitter, Greenwald comentou o caso.
“Esses e-mails são mais repugnantes e horríveis do que você pode imaginar: informações muito detalhadas e privadas, ameaças gráficas e grotescas. O ódio é distorcido além do que é humano”.
Miranda também comentou:
“Esse é só um dos e-mails que recebi. Não mostramos todo o conteúdo porque é uma das piores coisas que alguém pode ler”.
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