O diretor de pesquisa da The Block, Larry Cermak, observou que dois terços dos clientes da Coinbase com grandes quantidades de bitcoin estavam comprando nas últimas 24 horas, apesar da queda no preço da criptomoeda.
“Curiosamente, de acordo com os dados da Coinbase, 67% dos clientes com grandes quantidades de BTC (top 10%) estão comprando em vez de vender nas últimas 24 horas”, publicou Cermak no Twiiter.
Na sequência, ele mostrou dados de que 88% dos clientes da Coinbase com grandes quantidades de XRP também estavam comprando ao invés de vender nas últimas 24 horas. Considerando que os preços do XRP caíram para seus níveis mais baixos em quase um ano nas últimas horas, isso indica que os grandes players estariam buscando “comprar no fundo”.
Na quinta (15), o bitcoin operou em queda e foi negociado abaixo dos US$ 10.000 pela primeira vez nas duas últimas semanas.
Alguns analistas afirmam que um esquema ponzi na Coreia do Sul e China chamado Plus Token poderia estar por trás da queda. Após levantar milhões de dólares em criptomoedas (podendo chegar a mais de 100.000 BTC), os responsáveis começaram a vender os ativos em pequenos lotes enviados a diversas exchanges. Seis pessoas foram presas na China por participarem do esquema.
Segundo o RadarBTC, alguns dados recentes mostram que o sentimento do mercado não está entre os melhores. A Tether está sem emitir novos tokens há 27 dias, o que indica pouco ou nenhum dinheiro novo entrando no mercado.
Além disso, o ágio na Coreia do Sul está negativo há 17 dias, fato que não ocorria desde março, quando o BTC ficou estagnado na casa dos US$ 4.000.
Medo e ganância
O indicador de medo e ganância das criptomoedas também atingiu seu maior nível desde dezembro passado durante essa queda abaixo dos US$ 10.000.
Na maioria das vezes, ele marca o início de um quadro de pânico, que pode durar menos de 1 dia, como no exemplo de Fev/2018, até longos invernos de 6 meses, como o período iniciado em Nov/2018. De qualquer maneira, pode ser um bom momento para quem deseja entrar no mercado.
O indicador leva em conta 6 fatores: volatilidade, momento/volume, redes sociais, pesquisas quantitativas, dominância e pesquisas no Google.
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